Tal como acontece por todo o interior do país, esta zona também tem, desde há muito, uma intensa corrente migratória.
Embora haja emigrantes dispersos por vários países, a Suíça tem sido o destino privilegiado. Como nas décadas de 60 e 70 fora a França e a Alemanha (menos). A nível interno, o litoral, mormente Lisboa, também foi destino eleito.
Nos últimos anos, em virtude do acelerado desenvolvimento do país vizinho, havia pessoas a trabalhar em Espanha, sobretudo na agricultura e na construção civil. Actualmente, por causa da grave crise que tentaculiza o mundo, são cada vez menos as pessoas que emigram ou se mantêm em Espanha.
Um novo destino se espraia no horizonte. Angola. Este jovem país tem tudo: petróleo, diamantes, solo riquíssimo e imensa carência de quadros técnicos e de agentes do desenvolvimento.
Com a chegada da paz, abre-se um imenso campo de trabalho aos portugueses. Com dois apoios importantes: a língua e a histórica ligação de Portugal àquela nação africana. Aliás, os que passaram por Angola noutros tempos são os maiores propagandistas do fascínio africano.
Penso que muitos dos quadros superiores que aqui não arranjam trabalho podem encontrar em Angola emprego adequado às suas qualificações. Professores, enfermeiros, engenheiros, economistas, cursos agrários, advogados, os das novas tecnologias... Claro que temos de aprender de vez que quem vai é para trabalhar. Se pensarmos que é um "el dourado", rapidamente ficaremos decepcionados. Agora quem for para trabalhar mesmo, ganhará bem e sentir-se-á realizado profissionalmente.
Também muitos trabalhadores experientes que aqui ficaram no desemprego podem encontrar em Angola um espaço de realização profissional. Conheço pessoas que estão à espera de ser chamadas...
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