Quando chegou o dia de Pentecostes,
os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu,
um rumor semelhante a forte rajada de vento,
que encheu toda a casa onde se encontravam.
Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo,
que se iam dividindo,
e poisou uma sobre cada um deles.
Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e começaram a falar outras línguas,
conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem.
Residiam em Jerusalém judeus piedosos,
procedentes de todas as nações que há debaixo do céu.
Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se
e ficou muito admirada,
pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua.
Atónitos e maravilhados, diziam:
«Não são todos galileus os que estão a falar?
Então, como é que os ouve cada um de nós
falar na sua própria língua?
Partos, medos, elamitas,
habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia,
do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília,
do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene,
colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos,
cretenses e árabes,
ouvimo-los proclamar nas nossas línguas
as maravilhas de Deus».
Celebramos em 31 de Maio a festa de PENTECOSTES.
Recordamos o "Dom" do Espírito Santo e
o final do tempo pascal.
Pentecostes era uma festa já existente no Antigo Testamento.
O Pentecostes Judaico:
Era uma festa agrícola... religiosa... celebrada 50 dias após a Páscoa.
Inicialmente, em agradecimento a Deus pelas colheitas, depois o povo começou a celebrar nela a ALIANÇA, o dom da LEI no Sinai e a constituição do Povo de Deus, facto acontecido 50 dias depois da saída do Egito... acompanhado de trovões, relâmpagos, trombetas, vento forte...
O Pentecostes cristão
São Lucas faz coincidir o Pentecostes cristão com o Pentecostes judaico... para mostrar que o ESPÍRITO é a LEI da NOVA ALIANÇA e que, por ele, se constitui um NOVO POVO DE DEUS
Por isso, relata o FAcTO entre raios e trovões, inspirando-se na narrativa do Sinai. (At 2,1-11)
- Os apóstolos estão reunidos... trancados numa casa...
O fogo do Espírito reparte-se em forma de línguas sobre cada um deles.
E eles saem do cenáculo e, na praça pública começam a falar
do Cristo ressuscitado, com grande entusiasmo e sabedoria.
É a primeira e grande manifestação missionária da Igreja.
E seus missionários são os doze apóstolos.
- E o povo espantado questiona-se: "Como os escutamos na nossa língua?"
O texto nos faz lembrar a Torre de Babel (Gn 11):
- Lá ninguém se entendia... Aqui acontece o contrário:
Por obra do Espírito Santo, todos falam uma língua
que todos compreendem e que a todos une: a linguagem do amor.
- A intenção de Lucas é apresentar a Igreja como a Comunidade
que nasce de Jesus, que é animada pelo Espírito e que é chamada
a testemunhar aos homens o projeto libertador do Pai.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.