Matilde de Sousa Franco denunciou pressões da bancada socialista sobre a sua posição em questões fracturantes debatidas na Assembleia da República. A sua oposição à legalização do aborto e à lei do divórcio e a sua oposição aberta à forma como está a ser debatida a questão da educação sexual e da distribuição gratuita de preservativos nas escolas provocam desagrado no Partido Socialista, afirmou a deputada da Assembleia da República na abertura das XXI Jornadas Teológicas, a decorrer em Braga, que analisam este ano a relação Igreja-Estado.
A deputada católica lamentou que a Assembleia da República tenha um deficit de representação de católicos "em número e em pessoas que agem como tal", face ao número de portugueses que se assumem católicos. Matilde Sousa Franco, recordou o exemplo de Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico convertido ao catolicismo, para referir que "qualquer deputado deverá assumir as suas convicções religiosas".
In ecclesia
Ora aí está!
Esta situação é que eu entendo que nos deveria preocupar mesmo a todos.
"O caminho da Igreja é o mundo" (J. Paulo II) que assim traduziu belamente o Evangelho. Ser "sal", "luz" e "fermento". Uma Igreja fechada em si mesma, em querelas constantes sobre problemas internos, será fiel a Jesus Cristo? Que fazemos ao "Ide", ao "EU vos envio"?
"Pai, não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal".
Os cristãos e as cristãs não estão no parlamento. Ou melhor, não estão na proporção que deviam estar. Depois queimamo-nos das leis e posturas que vão contra a identidade cristã? Matilde Sousa Franco põe o dedo na ferida. Com a autoridade que lhe vem de "ter dado o corpo ao manifesto."
Não sou a favor de partidos católicos, torço antes por católicos nos partidos, na política, no palco da História. E que estejam aí com a sua fé e os valores da fé. Que nunca pode ficar "debaixo do alqueire."
Isto levanta mais uma vez o problema da formação e dinamização do laicado. Na minha pobre opinião, penso que era aqui que TODA a Igreja devia apostar TUDO.
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