domingo, 9 de novembro de 2008

São eles que mantêm o barco à tona

Li no "Sapo" algumas declarações do senhor José Sócrates proferidas no no XIII Congresso Distrital do PS de Coimbra. A partir delas, quero partilhar algumas reflexões.

1. O secretário-geral do PS, José Sócrates, lamentou hoje, em Coimbra, o "oportunismo político" dos partidos da oposição, sobretudo do PSD, nas reacções à manifestação de milhares de professores sábado em Lisboa, contra o processo de avaliação.

- O senhor José Sócrates sente-se muito incomodado sempre que discordam dele. Bem, todos sabemos que "em tempos que já lá vão" era assim. No antigo regime quem "não era por nós, era contra nós". Ela lá vinha a PIDE, as grades da cadeia, o exílio...Será o senhor José Sócrates um saudosista desse tempo, vestido e revestido de roupagens socialistas?

2. Salientando que o Governo se mantém firme para "defender o interesse nacional", o secretário-geral do PS afirmou que a "avaliação de professores é essencial para que [se possa] garantir um sistema justo e também uma escola pública de qualidade que se orgulhe dos seus professores".

- Defender o interesse nacional!!!
É por isso que o interior está cada vez mais pobre e desabitado...
É por isso que a desigualdade social nunca foi tão flagrante...
É por isso que não cessa de apoiar/promover leis contra a família - veja-se a legislação do divórcio e do aborto...
É por isso que o desemprego não parou de aumentar no seu mandato...
É por isso que o custo de vida não pára de crescer...
É por isso que a criminalidade violenta se espalha como silvas...
Etc, etc, etc

- A "avaliação de professores é essencial para que [se possa] garantir um sistema justo e também uma escola pública de qualidade que se orgulhe dos seus professores".

- Ninguém está contra a avaliação. Os professores sempre o disseram, por mais que Maria de Lurdes Rodrigues afirme que alguns professores não querem ser avaliados. Ela bem sabe por que diz isso...
- Só uma pergunta: não deveria a avaliação começar de cima? Olha, pelo governo! Uma avaliação externa e independente. Ah! Já sei. Dizem logo que é avaliado nas urnas... Sim, essa lengalenga já conhecemos.
- Nunca se consegue um sistema justo com métodos injustos. E este sistema de avaliação é pura e simplesmente macabro.
- Ao contrário do que se diz, os professores sempre foram avaliados. Havia que melhorar a forma de avaliação? Certamente. Mas diga-se a verdade toda.
- Ninguém se tornava professor profissionalizado sem estágio, ora integrado ora feito nas escolas.
Lembram-se da profissionalização em exercício? Dois anos de rebentar, em que o formando era avaliado por todos os lados mais um. Desde a dinamização da escola e a realização de acções várias, passando por toneladas de aulas assistidas... Tudo! Não havia avaliação??? Por favor.

3. Para que a escola pública se orgulhe dos seus professores.

- Duma coisa a escola pública não se pode orgulhar, senhor José Sócrates. É da sua política educativa. Essa não tem feito mais do que criar insatisfação, instabilidade escolar, desmotivação, facilitismo, violência escolar...
- O que seria da escola pública sem o brio, competência e dedicação dos seus professores? Apesar de serem constantemente pisados pelo seu governo, são eles que mantêm o barco à tona.

1 comentário:

  1. eu fui à manif e meteu-me nojo ouvir depois nos telejornais a conversa de "cassette", cheia de falsidades e prepotência da sra. ministra . foi de bradar aos céus. como se nos quisesse fazer engolir cada passo que demos do terreiro do paço até ao marquês! shalom.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.