quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ouvi, indignado, o senhor Primeiro-Ministro

Foi Mário Soares que falou, e muito bem, do "direito à indignação."
Confesso que é o que normalmente sinto quando ouço o actual Primeiro-Ministro. Tenho sempre a sensação que não fala a verdade toda aos portugueses, mas que tenta "vender gato por lebre".
A maneira como foge aos problemas, contorna as questões e tenta impingir o seu ponto de vista, muitas vezes parece-me maquiavélica.
O modo como abordou hoje no telejornal a questão da avaliação dos professores, só tem um título: PREPOTÊNCIA.
E sem mais paleio, tente, senhor Sócrates, aplicar exactamente o mesmo processo de avaliação aos médicos e aos juízes. Não é o senhor o Primeiro-Ministro de Portugal? De todos? Então vá, mostre essa coragem e faça isto. Se o conseguir, terá todo o direito de o aplicar aos professores e estes nunca mais terão oportunidade de protestar.

Como vai ser agora, senhor Sócrates? A Madeira suspendeu o actual modelo de avaliação dos professores. E os das outras partes do país vão continuar no modelo? Com que justiça? Não são os portugueses todos iguais perante a lei?

O autoritarismo, o autismo e a prepotência não cabem no menu democrático. E quero acreditar que Portugal é uma democracia!
E se manifesta indiferença perante a manifestação de sã indignação da população, oiça aos menos os seus correlegionários Manuel Alegre, Ana Benavente, Alfredo Barroso, entre outros.

Depois diga a verdade toda. O projecto de acabar com as escolas com menos de 10 alunos nem sequer é do seu governo. Já vinha de trás. E o senhor sabe-o muito bem. Mas quando é para distribuir "Magalhães" e inaugurar centros escolares, que o senhor transforma em campanha política, não se diz tudo. Só o que convém.
Ah! Claro que não concordo com os centros escolares em geral. Acredito que alguns têm boa razão de existir, mas outros... não havia necessidade.

E o senhor Sócrates que se afirma tão convencido da certeza das suas posições, revela absoluta fraqueza quando vê que a teimosia o pode levar à derrota. Vejam o caso da demissão do anterior Ministro da Saúde, Tão ou pior tem feito a actual Ministra da Educação. Mas aqui o senhor Sócrates pensa que não põe em causa a sua futura vitória eleitoral. Pode ser que se engane. O povo, algumas vezes, deixa-se enganar, mas quando vê que é demais, acorda e depois....

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