O Presidente da República, discursando hoje na inauguração da nova sede da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), em Lisboa, destacou o papel que as Misericórdias podem desempenhar em relação a uma «certa pobreza envergonhada», apontando o caso de pessoas que voluntariamente ajudavam os outros e agora têm de pedir apoio.
Segundo o Presidente da República, devido aos maiores riscos de desemprego que existem agora ou às dificuldades de pagamento dos empréstimos para comprar casa que enfrentam muitas famílias, aumentam "... riscos dos cidadãos caírem na pobreza e exclusão», dando origem ao «desenvolvimento de novas formas de pobreza, como uma pobreza envergonhada», que afecta pessoas que procuram esconder a cara no momento em que procuram ajudam.
Também o presidente da UMP, Manuel Lemos, sublinhou que os pedidos de ajuda às Mesericórdias têm aumentado nos últimos meses.
«A par de maior pressão para acolhermos idosos nos lares, famílias recolhem os seus idosos desses mesmos lares por considerarem que a sua escassa pensão pode contribuir para equilibrar o orçamento familiar», notou
Disse ainda o presidente da UMP que as misericórdias também têm recebido solicitações de «compreensão» por parte de pais que não conseguem pagar as creches e jardins-de-infância.
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