Há algum tempo, um grupo de pessoas de uma paróquia do litoral foi ter com o Bispo da sua diocese. Havia entre os paroquianos um consenso geral sobre a representatividade do grupo. Tomaram-se as devidas providências, marcou-se a audiência, estabeleceram-se estratégias para a comunicação.
Era um paróquia grande com largos milhares de habitantes e, pese embora toda a dedicação do pároco vizinho que assegurava o pastoreio daquela paróquia, as pessoas achavam que "não estavam tão bem servidas como o necessário, pois era muito trabalho para um só pároco, além do mais com alguma idade já.
Recebidos afavelmente pelo Prelado, começaram a expor as suas razões. O senhor Bispo ouviu paciente e atentamente. Finalmente, lança uma pergunta:
- Estão aqui pessoas novas, certamente com filhos crianças ou jovens. Já pensaram em oferecer a Deus um filho se Ele assim quiser?
As pessoas olharam-se embaraçadas. Depois, uma senhora ganha coragem e adianta-se:
- Ó senhor Bispo, eu nem quero pensar numa coisa dessas! Tenho só um filho e, se ele fosse padre, eu ficaria sem netos!...
- Ai, eu tenho três rapazes, mas não me agrada nada a ideia de ver algum deles padre! - acrescentou, convicto, um dos homens presentes.
Pois. Quando ouvimos falar de vocações sacerdotais, nunca é para a nossa família. É sempre para a família do lado...Os outros é que têm o dever de dar sacerdotes à Igreja. À porta da nossa casa, há sempre trancas para Deus não incomode os nossos projectos.
Mãos que não dais....
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