Demos graças a Deus. Ao olharmos o panorama nacional e europeu, a diocese de Lamego sobressai, pois temos ainda um bom número de seminaristas quer no Seminário de Resende quer no de Lamego.
Segundo dados sociológicos, nesta nossa diocese há um padre para cada duas paróquias. Penso que é um privilégio único neste país.
Louvemos o trabalho das famílias, das comunidades, dos párocos e dos formadores dos seminários. É este trabalho colaborante com a Bondade de Deus que permite à Diocese de Lamego ter ainda tantas vocações.
Há dados que nos ajudam a pensar. Os dois futuros padres desta diocese provêm do Alto Douro, um do arciprestado de S. João da Pesqueira e outro do arciprestado de Vila Nova de Foz-Côa. Exactamente dessas terras tantas vezes rotuladas de pouca prática cristã e de lugares de missão. Entretanto aqueles arciprestados outrora alfobres de vocações parecem passar por alguma aridez vocacional. Por exemplo, Tarouca. Neste momento, penso que só um rapaz deste concelho frequentam os nossos seminários.
Mas precisamos de investir mais e mais na promoção vocacional. Os sacerdotes são tão indispensáveis para a vida da Igreja como o ar para os pulmões. É urgente mais oração pelas vocações, mais disponibilidade das famílias para se tornarem escola de discernimento vocacional, mais apoio, incentivo e testemunho das comunidades, mais ousadia pastoral.
Também penso que a diocese podia e deveria ir mais longe na partilha, na caridade e na solidariedade fraterna para com outras Igrejas diocesanas com imensas carências, pois é dando que se recebe. Aliás, já João Paulo II falava belamente da “fantasia da caridade”.
A diocese ficaria bem mais rica possibilitando e estimulando esta comunhão com outras dioceses. Como Igreja local, somos pobres em bens materiais, mas somos ricos em graça de Deus e em vocações. Então não seria de possibilitar que alguns dos nossos padres exercessem o seu múnus pastoral em dioceses muito carenciadas? Não lucraríamos todos com esta ousadia missionária?
Que aos nossos seminários nunca falte a oração, a ajuda económica e o carinho para que eles possam oferecer à Igreja os padres de que ela precisa.
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