segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mais uma vez em grande o Conselho de Presbíteros da Diocese de Vila Real

O Conselho de Presbíteros da Diocese de Vila Real reflectiu sobre as condições em que “homens e mulheres que vivem por terras de Trás-os-Montes e Alto Douro” e afirmou acompanhar com “preocupação a realidade”.
“Embora não haja consciência disso, pelo facto de os meios de comunicação social a não referirem”, a realidade em Vila Real “acentua o fenómeno migratório, com uma irrecuperável e sistemática desertificação do interior”.

A ausência de indústrias ou fábricas a fechar com o consequente despedimentos de empregados, esconde as dificuldades de empregabilidade nesta região do país. Os sacerdotes afirmam que “não se têm constituído microempresas” e que existe um “fortíssima crise na construção civil, com empresas já extintas e outras em risco de o serem” o que conduz “largos sectores da população, mormente os jovens, perderam o emprego na construção civil em Espanha”.
“Os pequenos proprietários rurais estão em risco de insolvência e há o perigo de uma concentração, ainda maior, da propriedade nas mãos de empresas comerciais, as quais, obviamente, só cultivarão as vinhas e só darão trabalho se isso for rentável”, acusam os sacerdotes.


No meio do deserto de silêncio que cobre a Igreja que está no interior do país, há um oásis. Vila Real não se cala. Ergue a voz em nome dos que não têm voz.
Por que razão se calam as outras dioceses do interior deste país? Onde estão os Bispos, os Conselhos Presbiterais, os arciprestados, os leigos, os movimentos? Emudeceram? Perderam a sensibilidade? Fazem de conta que não vêem, não ouvem, não conhecem? Ai, ai! Esse pecado de omissão! Já Paulo VI falava que a omissão é o pecado do nosso tempo...

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