"O que fizerdes a um dos meus irmãos é a Mim que o fazeis."- Jesus Cristo
- Quanta gente não carrega pelos caminhos da vida com a cruz do falso testemunho, da má fama levantada, da dignidade rebaixada à lama da rua? E isto perante a indiferença, a acusação, a suspeita, a zombaria, o olhar de lado da multidão…
- Quanta gente não carrega a cruz da solidão, da ingratidão, do abandono, da doença? E isto perante a indiferença, a incompreensão e o egoísmo da multidão…
- Quantas crianças não carregam a cruz do abandono, dos maus tratos, dos abusos, dos raptos, da fome, da guerra, da doença, da separação dos pais, da super-protecção, do facto de nascerem em famílias desestruturadas, da abundância material mas com pobreza de amor, de atenção, de carinho? Basta ter olhos e ouvidos para o constatar. E isto perante a indiferença, a inacção, a desculpabilização dos criminosos, por parte da multidão…
- Jovens carregando a cruz. Quantos jovens apanhados pelas redes da droga, da prostituição, da violência, da marginalização, da vadiagem, do sem-sentido para a vida? Quantos não manobram e corrompem a generosidade juvenil para fins egoístas, despóticos, económicos, bélicos? Quantos jovens olham para o futuro com inquietação, porque não vislumbram emprego, saídas profissionais? Quantos se sentem incompreendidos, não amados e não aceites até na própria família! E isto perante a crítica, a vingança, a passividade, a indiferença da multidão…
- Quantos casais desfeitos em virtude do egoísmo reinante ou do socialmente correcto? Quantos casais que nesta hora de crise não carregam a cruz da angústia? Sem trabalho e sem dinheiro. Com filhos para alimentar e sem poderem fazê-lo. Sem presente e sem futuro. Com dívidas e sem saberem como pagá-las. Quantos casais com filhos deficientes cujo futuro os preocupa ou com filhos difíceis sem saber como educá-los? Quantos casais atormentados pela infidelidade, pelo vício, pelo jogo? Quantos casais que, deixando de namorar, estão a sentir o seu amor a estiolar? E isto perante a impotência, indiferença, sensacionalismo e crítica da multidão.
- Quantos velhos, que trabalharam toda a vida loucamente, não têm agora reforma para poder comprar remédios, pagar o lar, alimentar-se? Quantos idosos que tudo deram aos filhos não se sentem abandonados por esses? Quantos idosos abandonados, sozinhos, doentes e ingratificados? Que cruz carregam tantos idosos e já sem forças para a transportarem….
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