Nas escolas básicas portuguesas, um em cada cinco alunos é vítima de uma intimidação constante por parte de colegas – que inclui agressões, insultos e exclusões de jogos. É o bullying, termo que não tem tradução para português, mas que está bem difundido nos estabelecimentos de ensino do País.
Outra notícia de rejeição chegou também ao nosso conhecimento: Três casais belgas recusaram serem casados por um negro. Mas esse facto desencadeou um gesto muito bonito como repúdio desta atitude racista: cerca de seiscentos casais belgas e de outros países fizeram questão de que fosse esse homem de raça negra a casá-los.
As escolas têm de estar mais atentas às rejeições dos alunos. E o Ministério da Educação tem de dar meios para que os responsáveis escolares possam resolver essas questões.
Um estudo das universidades do Minho, Porto e Técnica de Lisboa mostra que um em cada cinco alunos entre os 10 e os 12 anos é vítima de bullying (rejeição) na escola. E mais: um em cada oito assume-se como agressor nesta relação entre pares. Os rapazes parecem ser mais afectados pelo problema, mas os investigadores não notaram grande diferença entre as escolas citadinas ou as rurais.
Alguém que se sinta rejeitado tem os ingredientes básicos para se pôr à margem das normas sociais. E um marginal cria instabilidade à sua volta.
Por outro lado: quem marginaliza os outros logo desde novo tem todos os ingredientes para ser um mau colega pela vida fora e cria também um mau ambiente em redor.
Por outro lado: quem marginaliza os outros logo desde novo tem todos os ingredientes para ser um mau colega pela vida fora e cria também um mau ambiente em redor.
Bullying (rejeição) é um fenómeno preocupante, quer na sociedade quer, por extensão, na escola. Penso que é urgente intervir nesta matéria. Está em causa a dignidade da pessoa. Está em causa a saúde social. Se devemos cuidar das vítimas, também nos devem merecer toda a atenção os agressores. Nenhum agressor deveria passar incólume. Responder à agressividade com agressividade? Penso que não será o caminho. Pelo menos em regra. Levar o agressor até dentro de si e aí realizar a purificação? Certamente. Mesmo com dor.
Aqui está um campo a merecer toda a atenção dos decisores políticos no âmbito da educação. Certamente mais útil, democrático e edificante do que "pidar"!...
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