quinta-feira, 21 de junho de 2007

Seminários Menores: sim ou não?

Em conversas com sacerdotes e outras pessoas mais comprometidas, põe-se muitas vezes esta questão: hoje terão razão de existir os Seminários Menores?
Confesso que, pessoalmente, não tenho uma resposta conclusiva.

Se verificamos que em muitos anos de Teologia, os alunos são maioritariamente provindos de "fora", do "Pré-seminário"; se tivermos em conta que, num ou noutro ano, nenhum candidato, provindo do Seminário Menor, ingressa no Seminário Maior; se advertirmos que são muito poucos os seminaristas que vindos do Menor ingressam no Maior ... então a questão coloca-se.
Por outro lado, manter uma estrutura como um Seminário não é fácil nos tempos que correm. Está tudo muito caro e as exigências não param de aumentar. Depois, põe-se a questão dos "activos humanos". São precisos alguns sacerdores para manter o Seminário os quais, naturalmente, vão fazer falta noutro campo de serviço pastoral. E pergunto: com um ou dois sacerdote a tempo inteiro no despertar, promover e acompanhar as vocações "cá fora", não obteríamos melhores resultados? E com menos meios humanos, económicos e logísticos...
Surgiria naturalmente a questão: que fazer do Seminário Menor? Aqui haveria várias pistas de solução, naturalmente a enquadrar tendo em vista os interesses da comunidade diocesana.

Por outro lado, há o apego histórico-afectivo da diocese aos seus seminários. E o Seminário Menor aparece como uma garantia (?) de vocações.

Sinceramente, não sei. Embora me incline bastante mais para o encerramento do Seminário Menor e consequente reanimação de uma postoral vocacional "aguerrida"virada para "fora".
Penso é que não nos devemos furtar à reflexão e ao debate.

2 comentários:

  1. Sim, claramente!
    abraço no Senhor Jesus
    Padre João António

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  2. A visão que apresenta caro amigo,é claramente redutora da grandeza que deve ser um seminário menor. Acredito piamente, que todo o empenho, toda a energia gasta na conservação de uma boa educação moral, na formação académica e humana dos nossos jovens com vista ao sacerdócio, deve ser o fim maior de uma comunidade orante, sincera, com amor à Igreja e a Deus.
    Minimiza-se o valor dos seminários menores, valoriza-se os seminários maiores, só por si é um prensamento extemporânio. Todo o caminho de aprendizagem feito desde tenra idade na oração, no amor à igreja, aos irmãos, vale muito pouco, na vossa opinião. Considero-o deprimente e asfixiante. Não qerendo alongar-me mais, tal como no passado os seminários menores, os nossos colégios internos, vão ainda ter uma palavra a dizer no desenvolvimento e formação da nossa sociedade. Com este alheamento (desaparecimento) constante das familias, hão-de ser os seminários menores que terão de educar, formar e construir a nossa igreja no futuro. Não sei se iremos ter formadores à altura para responderem a esse desafio num futuro que creio não ser muito longe.

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