3 de Junho: SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

Que a nossa vida,
vivida na "graça de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor do Pai
e na Comunhão do Espírito Santo",
seja um sinal do amor de Deus
para os nossos irmãos.

Em Jesus Cristo, Deus fez-se visível, “a palavra da sabedoria fez-se carne”. Jesus permite-nos assim lançar um olhar na intimidade do próprio Deus. Através de Jesus, vislumbramos em Deus, um eterno diálogo de amor: existe um Eu e um Tu. Existe o Filho que fala com o Pai. E ambos são um só, no Espírito Santo. O Espírito Santo é a atmosfera do doar e do amar, que faz deles um único Deus.

Celebrar a Trindade é contemplar e participar deste mistério inefável e inesgotável do Amor de Deus. Contemplar a Trindade, é entrar na intimidade desta «família divina», que vive numa comunhão perfeita de vida e amor.

É sempre uma temeridade, falar da Trindade. À beleza do mistério, convém mais o assombro da fé, do que a explicação útil das palavras. O próprio São João, nos disse um dia que «a Deus jamais alguém o viu»; mas o mesmo apóstolo acabará por confessar, que Deus se fez visível em Jesus! E ao ver, ouvir e tocar o rosto de Deus em Jesus de Nazaré, ele professará a sua fé cristã, numa fórmula bem simples: "Deus é amor" (1 Jo 4, 8.16). "Nós conhecemos e cremos no amor que Deus nos tem" (cf. 1 Jo. 4, 16). Ora se já o amor humano é sempre um mistério», ou seja, é sempre mais do que aquilo que se pode verificar ou compreender, que dizer do amor divino, que é o mistério, no seu grau mais elevado, o mistério por excelência?” (J. Ratzinger, Introdução ao cristianismo, 117).

Criado à imagem e semelhança de Deus, que é Amor, toda a pessoa humana, sabe, sente e pressente, que só se realiza no dom sincero de si mesmo. Só naquele amor, «dado, recebido e comunicado», o ser humano encontra a sua verdade e felicidade.