O deputado do PS Manuel Alegre considerou hoje "desproporcionada" e "intolerante" a decisão do ministro Correia de Campos de exonerar uma directora de centro de saúde que se recusou a retirar um cartaz.
A directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, Maria Celeste Cardoso, foi exonerada pelo ministro da Saúde por não ter retirado um cartaz das instalações do centro contendo declarações de Correia de Campos "em termos jocosos".
Em declarações aos jornalistas, o ex-candidato presidencial Manuel Alegre disse ter lido o despacho publicado no Diário da República, classificando-o como "confuso" e sem "um português claro".
"Em todo o caso, penso que se está perante uma reacção desproporcionada e pouco conforme com a tradição de tolerância e de espírito crítico dos socialistas", declarou Manuel Alegre.
Segundo o deputado socialista, pelo despacho, "é difícil perceber-se o que se terá passado no Centro de Saúde de Vieira do Minho".
"Mesmo assim, por causa de um cartaz afixado num centro de saúde uma pessoa ser exonerada, penso que se trata de uma decisão desproporcionada e pouco conforme com o espírito de tolerância", disse.
Manuel Alegre deixou ainda um recado para o interior do PS e para o Governo.
"Pretendi educar muita gente no PS dentro desse espírito de tolerância, mas, pelos vistos, sem resultados", acrescentou.
RTP, hoje
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