Por mais que nos estafemos, quem paga as crises são os que têm alguma coisa. Os que não têm, não pagam porque não têm (sofrem muito, mas não pagam); os que têm demais, ou não declaram ou fogem ao pagamento ou têm quem os defenda ou as suas faltas prescrevem (parasitam-nos de várias maneiras e feitios).
De resto, fica mais barato ao país pagar muito a pouquinhos que pagar o razoável a todos. É a injustiça instituída, tendencialmente quebrada, que eu me lembre, por Marcelo Caetano, cujo perfil político é deveras controverso e inaceitável a muitos títulos, e recentemente pela Ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, de cuja gestão global discordo, mas que - e bem - congelou o aumento de salários a quem ganhava mais que mil euros.
Abílio Carvalho
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