Portugal vive uma das crises mais graves dos últimos 50 anos. Exige-se unidade nacional e solidariedade para a enfrentar. Face ao desafio, o País tem de eliminar diferenças e esquecer embates. Será por isso o senhor orimeiro-ministro incluiu o casamento dos homossexuais na sua proposta eleitoral, afrontando desnecessariamente largos sectores da sociedade?
O investimento e o consumo estão em queda, as exportações descem e o desemprego ameaça milhares. A pobreza aumenta e o sistema financeiro exige cuidados. Mas o País vai debater vestidos de noivo e certidões matrimoniais, opções sexuais e evolução da família. Isto é o que se chama liderança segura para lidar com a crise?
Do ponto de vista do interesse nacional a decisão roça a irresponsabilidade criminosa. Considerada a partir do mesquinho propósito partidário tem justificação clara. Além de agradar à Esquerda e polir os emblemas ideológicos, cria a diversão ideal em ano de eleições. A evidente falta de reformas estruturais e a fragilidade dos equilíbrios económicos perante a crise internacional constituem sérios perigos eleitorais.
Nada melhor que um debate sobre problemas fundamentais para os esconder. Quanto mais se discutirem valores e princípios básicos mais se esquecem as dificuldades económicas e menos se censura o Governo pelo desemprego e as falências.
A manobra cheira a desespero. Sócrates, como Guterres, parecia destinado a uma vitória no fim do primeiro mandato, para fugir depois perante a evidente incapacidade de controlar a situação. Agora até isso se mostra difícil.
João César das Neves, http://www.o-povo.blogspot.com/
Chamo a isto manobras de diversão...mas sempre pode fazer como o Sr. Guterres. Deixa o pais de "tanga" e aceita um alto cargo como comissário, porque sempre foi o seu sonho lidar com questões ligadas á solidariedade, refugiados e exclusão de determinados povos, sim porque no seu país não se levantam essas questões...bem, pelo menos com um nivel de euros mensal tão elevado!! Se é que me entendem-:)
ResponderEliminarArlete Ribeiro