Modestamente, creio que há uma crise maior do que a crise. É a crise de Deus.
No futebol, existe a equipa titular, os suplentes e aqueles jogadores que não são convocados para a partida.
Na relação com Deus, há quem O queira sempre a titular na sua vida. Outros só se lembram d'Ele quando precisam. Ainda alguns que nunca Lhe ligam. Ouvimos agora e logo: "Que Deus exista ou deixe de existir, para mim é-me indiferente, nem aquece nem arrefece."
Como a natureza tem horror ao vazio, algo ocupa o lugar de Deus no coração das pessoas quando ELE de lá é corrido.
Se Deus não ocupa a base e o topo da pirâmide da vida, então as outras peças da puzzle ficam sem apoio e sem organização. Resta a atabalhoação e o acaso.
Por isso a dignidade da pessoa humana tem pouca dignidade, a vida vale menos do que uns euros, o sexo reduz-se à genitalidade, os milhões de pessoas na miséria não merecem mais do que um encolher de ombros, o ter absolutiza-se em relação ao ser, a família deixou de ser espaço de encantamento e passou a ser hotel que presta serviços, no casal apoucam-se as virtudes e engrandecem-se os defeitos, a honestidade e o serviço cedem lugar à corrupção, à chantagem e ao compadrio ...
Ou aceitamos na nossa vida o Deus que nos liberta, ou podemos ficar esmagados pelas peças do puzzle em desmoronamento.
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