Aprecio a máxima: a verdade na caridade.
Sem a caridade, a verdade pode ser agressão; sem a verdade, a caridade é máscara.
O ex-Presidente da República, Ramalho Eanes, há dias expressou-se desassombradamente. “Uma sociedade com medo dos medos. Medo do presente, medo do futuro, medo pelos filhos, pela sorte dos pais, medo pelo emprego, medo dos poderes políticos”.
Se ao medo actual juntarmos a tradicional tendência portuguesa para "falar nas costas", resta-nos um ambiente humanamente intragável, desagregador, fratricida.
As pessoas não enfrentam, mandam recados. Não procuram a verdade dos factos, insistem na boataria. Não apagam incêndios, deitam gasolina. Não ajudam, propagam o "diz-se por aí". Não procuram a pessoa certa, enredam outras na questão para tentar "sacudir a água do capote" e poderem afirmar: 'Eu já avisei...' Não são francas, mas escondem tantas vezes interesses inconfessados. Não se assumem, mas escondem-se covardemente em anonimatos ou outras formas de não se revelar, o que é o mesmo.
A verdade na caridade. Lema para qualquer pessoa de bem, meta de constante procura, caminho a percorrer incessantemente. Falhas, sempre podem acontecer. Reconhecer que que este é o meio certo e tentar entrar "no rego", é próprio de gente consciente e honesta.
"Não lateralizes o jogo, porque a baliza está em frente".
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