sábado, 20 de outubro de 2007

29º Domingo do Tempo Comum

Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos uma parábola sobre a necessidade de orar sempre sem desanimar:«Em certa cidade vivia um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia naquela cidade uma viúva que vinha ter com ele e lhe dizia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário’. Durante muito tempo ele não quis atendê-la. Mas depois disse consigo: ‘É certo que eu não temo a Deus nem respeito os homens; mas, porque esta viúva me importuna, vou fazer-lhe justiça, para que não venha incomodar-me indefinidamente’».
E o Senhor acrescentou: «Escutai o que diz o juiz iníquo!... E Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite, e iria fazê-los esperar muito tempo? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa.
Mas quando voltar o Filho do homem,encontrará fé sobre esta terra?» - (Lc 18,1-8)

Uma parábola breve, “sobre a necessidade de orar sempre, sem desanimar”! E, por fim, uma pergunta inquietante, sobre o futuro da “fé sobre a terra”! Entre a parábola e a pergunta, fica clara a relação indissociável entre a oração e fé. Santo Agostinho resumia-a, de maneira lapidar, neste apelo: «Tenhamos fé para orar! E, para que não desfaleça a fé com que oramos, oremos». De facto, sem Oração, a fé arrefece e desfalece, perde todo o seu ardor e calor, a sua força e a sua energia, a sua paixão e missão; por seu lado, sem a fé, a oração esmorece e desaparece, por inútil e aborrecida. O cansaço da fé resulta sempre em desprezo pela Oração. E o desprezo pela Oração, manifesta cedo o cansaço da fé!
Uma viúva insiste e persiste, no seu pedido, sem se cansar, porque tem uma fé inabalável, em vir a ser atendida. E a lição é clara: se até um juiz insensível e impiedoso, se mostra débil, e não resiste à persistência da pobre mulher, “quanto mais Deus não havia de fazer justiça aos seus eleitos, que por Ele clamam dia e noite?!” A oração aparece-nos assim, como “a força dos fracos”, o «segredo» da vitória dos mais pequenos, no grande combate da fé. Pelo que, ceder ao cansaço, na prática da oração, é perder a batalha e abrir caminho à falência da fé!

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