sábado, 13 de outubro de 2007

Secretário de Estado do Vaticano apela à "rebelião" face aos "senhores deste tempo"

O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, apelou hoje à "rebelião" dos cristãos face aos "senhores destes tempos" que exigem o seu silêncio "invocando imperativos de uma sociedade aberta".

Na homilia da principal eucaristia da peregrinação ao Santuário que assinala o encerramento dos 90 anos das Aparições, o Cardeal Bertone afirmou que essa rebelião se justifica "face aos pretensos senhores destes tempos (acham-se no mundo da cultura e da arte, da economia e da política, da ciência e da informação) que exigem e estão prontos a comprar, se não mesmo a impor, o silêncio dos cristãos invocando imperativos de uma sociedade aberta".

E também, perante os que, "em nome de uma sociedade tolerante e respeitosa, impõem como único valor comum a negação de todo e qualquer valor real e permanentemente válido".

"Face a tais pretensões, o mínimo que podemos fazer é rebelar-nos com a mesma audácia dos Apóstolos perante idêntica pretensão dos senhores daquele tempo: 'Não podemos calar o que vimos e ouvimos'", disse o Secretário de Estado do Vaticano, perante milhares de peregrinos hoje presentes no Santuário de Fátima.

Na sua homilia, o Cardeal Tarcisio Bertone alertou para o facto de, nos tempos de hoje, muitos imaginarem "que a vitória depende essencialmente do talento, da habilidade, do valor dos que escrevem nos jornais, dos que falam nas reuniões, dos que têm um papel mais visível e que seria suficiente animar e aplaudir estes chefes como se anima e aplaude os jogadores no estádio".

"Não existe erro mais temível e desastroso!", disse o "número dois" do Vaticano, acrescentando que "se os soldados algum dia chegassem a pensar que a vitória já não dependia deles, mas somente do Estado-Maior, esse exército marcharia de desastre em desastre".

Assim, é fundamental, "para evitar tal desastre no que se refere ao renascimento do homem para uma sociedade nova", o esforço, "até o mais insignificante, dos servos mais humildes, dos servos de um só talento".

JLG.
Lusa/Fim

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