quarta-feira, 11 de abril de 2007

Novas tecnologias ao serviço da Eucaristia


Numa das últimas reuniões do Conselho Pastoral da Paróquia, o representante de um dos povos apresentou uma “queixa” de pessoas que referiam que gostavam de participar mais na Eucaristia, mas não tinham acesso às letras dos cânticos. Referiu também que havia gente que não respondia porque não sabia … Apresentou o caso do Credo, do glória e outras respostas. Logo alguém, no mesmo Conselho, respondeu que isso era desculpa de quem não queria participar, mas estava sempre disposto a criticar.
Eu é que não fiquei descansado. Durante umas noites, dormi mesmo mal. O que mais quero é uma assembleia participante e participativa. Perguntava-me como dar a volta… Então veio-me a ideia de recorrer às novas tecnologias. Falei com amigos entendidos nesse ramo, consultei o Conselho Económico e toca a dar corda aos sapatos. Comprei um computador e um projector para a Igreja e os meus amigos afixaram a tela provisória e o projector. Tudo foi estudado de forma a não chocar com a arquitectura do templo. Procurou-se a maior discrição, para que o centro fosse a Eucaristia e não as novas tecnologias. E no Natal passado, tudo começou a funcionar.

Em cada semana, apresento o esquema da projecção: disposição dos slides, leituras, imagens, duas ou três ideias fortes da homilia (uma vez ou outra, foi mesmo toda projectada), respostas da Missa, comunicações à comunidade. Como existe a Eucaristia das Crianças, tenho que apresentar duas alternativas. Depois, gravo na pen e levo ao Zé Américo. Ao mesmo tempo, os responsáveis dos corais enviam-lhe os cânticos por email, até ao meio da semana. O Zé faz então a distribuição: envia o material para o Chefe Vítor, responsável pela projecção na Missa das Crianças, que trabalha a visualização do material enviado; em relação às outras duas Eucaristias, o Zé trabalha com o Grupo de Jovens.
É um processo que não é simples, bastante trabalhoso e que não admite falhas dos intervenientes. Felizmente, tudo tem corrido bem. Todos eles são espectaculares.
Sinto que se tem conseguido o objectivo: favorecer ao máximo a participação da comunidade, com total discrição, porque o importante é a Eucaristia.
Muitas vezes, ao fim da Comunhão, faz-se a projecção de um “mini-filme” cuja mensagem julgo importante para a comunidade e em sintonia com a Palavra da Eucaristia.

Tem valido a pena todo este trabalho, todo este entusiasmo, toda esta persistência? Tem aumentado a participação da comunidade? Analisaremos na próxima reunião do Conselho Pastoral.
“E a fé da Igreja é essencialmente uma fé eucarística e alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia” (Sacramento da Caridade). Por isso, tudo o que fizermos pela Eucaristia é sempre pouco. Ela é fonte e ápice da vida da Igreja.

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