domingo, 22 de abril de 2007

Deveria o baptismo passar para uma idade em que fosse a própria pessoa a pedir o seu baptismo, realizando depois o seu trajecto catecumenal?

É claro que o tempo da cristandade passou. Perante este facto, parece-me que:

- O baptismo deveria passar para uma idade em que fosse a própria pessoa a pedir o seu baptismo, realizando depois o seu trajecto catecumenal.
- Só em casos em que os próprios pais oferecessem garantias claras de educação na fé do seu filho, a Igreja deveria aceitar o baptismo de crianças.

- Estamos a cair na disfunção: termos enorme percentagem de baptizados e cada vez menos gente que assume e vive a sua fé. Cristãos apenas porque têm o nome nos livros de baptismo.

- Um problema cada vez mais complicado é o dos padrinhos. Em virtude da avalanche de divórcios e de outras situações, há menos pessoas que não cumprem os requisitos da Igreja para serem padrinhos.E o mundo de problemas que isto acarreta a quem tem que tomar posições!??? Acho que o verdadeiro padrinho/madrinha é a comunidade paroquial que acolhe no seu seio aqueles que o Espírito de Deus regenera pela água. Não seria de "deixar cair" o padrinho?

- A actuação dos párocos é muito disforme, o que gera confusão na mente dos crentes. Se uns baptizam tudo e não são exigentes quanto aos padrinhos para não terem problemas, outros procuram cumprir e explicar. Só que o mau é aquele que exige...Os bispos deviam estar muito mais atentos a esta problemática. Por mim, penso que os filhos não escolheram os pais que têm, mas os padrinhos podem e devem ser escolhidos.

- Baptismos, casamentos e funerais, são para muitos meros actos sociais, e cada vez menos celebrações da fé. Em muitossssss destes casos, a Igreja é apenas um número da festa social. Podemos realmente falar da "paganização do baptismo"...

- Assistimos hoje, mormente entre a classe média, ao "socialmente correcto". O filho/a tem que fazer alguma coisa em matéria religiosa para não se sentir mal ao pé dos outros. Mas nada de compromissos. Só o mínimo indispensável.Penso que não é pelo facilistimo nem pelo porreirrismo que vamos lá. Também lá não iremos seguramente pelo legalismo e pela intransigência ultra-ortodoxa.

Só há um caminho: "A verdade vos tornará livres." (Jesus Cristo)

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