No ano passado, apostei no Sporting e, felizmente para mim, enganei-me. O meu FCP ganhou o tetra. Nem Paulo Bento foi tão bom como eu pensava, nem Jesualdo Ferreira foi tão mau como julgava.
Este ano, não arrisco.
Pelo dinheiro gasto na aquisição de jogadores, pelos nomes sonantes que integram o plantel, pelo entusiasmo demonstrado pelos adeptos e pela comunicação social, especialmente aquela de pena com "bico vermelho", o Benfica está a jogar bem e fez uma boa pré-época. Vamos ver como se comporta quando os jogos forem a doer... Será certamente um forte candidato ao título.
Dos três "grandes", o Sporting foi quem menos se reforçou, mas também não perdeu nenhum dos seus principais jogadores e o técnico é o mesmo. "Quem não tem dinheiro, não tem vícios". E os de Alvalade, porque não fizeram nenhuma transferência sonante, também não fizeram grandes aquisições. Aqui penso que deram um belo exemplo. Interrogo-me de onde veio tanto dinheiro para o Benfica gastar em aquisições de passes de jogadores...
O Sporting não fez uma grande pré-época, bem pelo contrário. Mas recordo que há uns anos, no tempo do Artur Jorge, houve uma pré-época em que o Porto perdeu uma grande parte dos jogos de preparação e depois foi campeão. Portanto, nada de menosprezar o Sporting.
Finalmente o FCPorto. Fez uma fortuna com a cedência dos passes de alguns dos seus melhores atletas. Lembro Lucho, Lisandro, Cissoko. Adquiriu os passes de novos atletas (mais uma fornada de argentinos...), mantém o treinador e, diz-se, tem a melhor estrutura e organização.
Há anos a esta parte, o Porto não aposta em nomes sonantes. Traz jogadores desconhecidos, com um determinado perfil e tenta valorizá-los. Se já enfiou uma série de barretes, também já ganhou carradas de euros com tal processo.
Como se portará este ano a equipa portista? Bem gostava que ganhasse o penta. Mas depende muito da forma como o clube conseguir integrar e valorizar os novos jogadores, mantendo a ambição e a coesão interna.
Bom, que seja uma boa época desportiva, sem suspeitas e com respeito por todos os adversários, tanto no relvado como nas bancadas. No fim, que ganhe quem o tiver merecido no campo.
Que o futebol funcione como válvula de escape para as frustrações pessoais e colectivas, compreende-se. Que o futebol seja uma guerra, metendo ao barulho dirigentes, atletas, simpatizantes e imprensa, já é detestável.
Que cada um puxe pela sua equipa, mas sempre respeitando os restantes competidores.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.