O ministro Rui Pereira apresentou um relatório de segurança que revela um aumento de 11% dos crimes violentos, incluindo mais 23% de carjacking. Ainda assim, o ministro disse hoje que Portugal continua a ser um dos países mais tranquilos da Europa. (In Sol)
A principal fragilidade de Portugal no actual contexto de crise mundial vem do enorme endividamento. O total da nossa dívida ao estrangeiro (posição de investimento internacional) é de 100% do produto nacional, tendo explodido dos 8% que tinha em 1996. O acréscimo este ano (balança corrente e de capitais) será de 7,9% segundo a previsão do Banco de Portugal.
O caminho que nos trouxe aqui é curioso. A balança estava equilibrada quando Guterres tomou o poder em 1995 (défice de 0,7% do PIB). A enorme degradação que se seguiu atingiu 9% do PIB em 2000, um desequilíbrio pior que o causado pelo 25 de Abril. Esse fiasco fez cair o Governo. O novo executivo, com Manuela Ferreira Leite nas Finanças, entrou em Abril de 2002, recebendo o défice de 2001 de 8,6%.
A política da «dama de ferro», como foi chamada, conseguiu reduzir para metade esse buraco (4,2%) em 2003. Mas a linha não teve continuidade. O Governo saiu em Julho de 2004 e no fim do ano o défice externo já subira para 6,1%. Desde que Sócrates está no poder tem flutuado entre os 8% e os 10%. (João César das Neves)
Pois, pois...
1. O ministro disse hoje que Portugal continua a ser um dos países mais tranquilos da Europa.
Sempre a mania do governo em nos comparar com a Europa quando isso lhe interessa. Então que nos compare com a Europa a nível de salários, de reformas, de preços dos combustíveis, de educação, de saúde, de direitos dos cidadãos, de funcionamento das instituições democráticas, de protecção social... Esta tentativa governamental de tentar deitar poeira para os olhos dos cidadãos, além de velhaca é provinciana.
2. Claro que para o ministro Rui Pereira e para os seus colegas de governo o problema da insegurança não se põe. Cercados de agentes de segurança por todos os lados - cujos ordenados são pagos pelos contribuintes, não esqueçamos.
3. Para o governo Sócrates, sempre tão hábil em propaganda, mesmo que depois seja um fracasso, a segurança das pessoas e seus bens não é uma prioridade. Alguém o ouve falar deste tema???
4. Só quem não lê os jornais, não vê Tv, não ouve a rádio nem contacta com o sofrimento das populações pode dizer que este país é relativamente seguro. Isto é de bradar aos céus! Será que o governo pegou na sua maioria absoluta e emigrou para Júpiter? Porque não lhe interessa, o governo finge farisaicamente que a insegurança não existe.
5. Quanto à dívida externa estamos conversados. Agravou-se drasticamente com este governo. A herança que vamos deixar à próxima geração é indigna. Dívidas e mais dívidas. Dito de outra maneira, um país arruinado. Será justo? Será digno? Algum pai gostaria de deixar uma situação destas a seus filhos?
6. Está nas nossas mãos mudar. O mais rapidamente possível. Antes que os nossos filhos e netos tenham que fechar a porta e emigrar. Este governo realmente não serve.
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