À nossa espera

Nesta sexta-feira, continuei a visita aos doentes. Encontrei-me com 12 pessoas presas em casa à cruz da dor.
Como é costume, acompanham-me nestas visitas aos doentes pessoas do Gaspta que, delicadamente, lhes oferecem uma pequena lembrança, simbolizando o apreço e o carinho que eles merecem à comunidade.
O dia foi cansativo. Além do horário escolar e da rádio, uma tarde junto de quem sofre, terminando com as Eucaristia e a adoração ao Santíssimo Sacramento (1ª Sexta-Feira).
Como em filme, passam em mim as imagens que vi, as inquietações que escutei, a dedicação de tantos aos seus doentinhos, os sofrimentos e abatimentos que querelas, ambições e divisões alimentam, os sonhos e desesperanças que me tocaram.
Uma coisa eu sei, Senhor. Eu vi-Te em casa doente pregado à cadeira de rodas ou encotinhado na cama; nos irmãos a quem os anos retiraram mobilidade ou naqueles que só conseguem comunicar com o olhar; nos que lutam para vencer ou nos vencidos da vida ... Eras TU, Senhor, que estavas ali. À nossa espera.
Para a semana, continuo.