Nesta tarde, tive que ir a Lamego. Aproveitei depois para visitar meu pai. Pelo caminho, fiz um ligeiro desvio e entrei no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Ninguém àquela hora no templo. Havia um silêncio profundo a que a luz do fim de tarde emprestava uma calma suave e perfumada.
Senti-me bem e soube-me a pouco o momento de intimidade orante.
Aquele Santuário diz-me muito. Por ali passei a pé vezes sem conta a caminho da minha terra. Ali ajoelhei e rezei tantas vezes. Às novenas da Senhora vinha sempre na companhia da família e conterrâneos. Foi junto da Imagem da Senhora que encontrei tantas vezes a luz nas sombras e dúvidas da vida. Maria aproxima-nos irresistivelmente de Jesus.
Depois de conversar com meu pai, jantámos em casa de meu irmão, seguindo-se o terço. Fiquei edificado com o modo como os meus sobrinhos (8 e 10 anos) rezaram.
Regressei a casa e ao trabalho. Pelo caminho pensava que se tantas vezes nos aparecem crianças sem grande sensibilidade ao divino, tal se deve indiscutivelmente às famílias. Quando as famílias rezam, falam aos seus filhos de Deus, se esforçam por deixar nas suas vidas o hálito de Deus, tudo muda. As crianças têm uma liberdade surpreendente para se entusiasmarem pelo transcendente, oferecendo-no-lo de uma forma única.
Famílias, tornai-vos aquilo que sois: Igreja doméstica!
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