terça-feira, 17 de março de 2009

"Sacerdotes reconhecíveis e identificáveis"

O Papa Beno XVI exortou os padres católicos a recuperarem o uso da batina para estarem "presentes, identificados e reconhecidos nas várias áreas da sociedade moderna".
Durante uma audiência no Palácio Apostólico do Vaticano, com um grupo de participantes na assembleia plenária da Congregação para o Clero da Santa Sé, o pontífice convidou os sacerdotes a procurar a "perfeição moral".

"É urgente recuperar a consciência que impele aos sacerdotes a estarem presentes, identificáveis e reconhecíveis, tanto pela sua fé, pelas virtudes pessoais como pelos hábitos, cultura e caridade que foi sempre o centro da missão da Igreja ".

De acordo com o bispo de Roma, a utilização batinas tem um significado de "comunhão" com as tradições religiosas sem cair em "tentações da descontinuidade".

Como resultado da "liberalização" das regras, especialmente na década de 1970 e 1980, muitos sacerdotes e religiosos deixaram os hábitos e as batinas para passarem a utilizar roupas da "rua". Actualmente, existem alguns bispos que geralmente usam jeans e camisetas.
O que achas?

2 comentários:

  1. Nem tanto ao mar nem tanto à terra! - diz o povo. Nada contra as batinas e os cabeções! Nada contra os fatos e as gravatas!
    Andarem os sacerdotes quase sempre identificados, porque não?! De forma tradicional, porque sim?! Talvez uma forma discreta, por exemplo, a cruzinha na lapela, seja um factor de proximidade para quem o perceba e um factor de discrição junto de quem se sentiria incomodado por um tipo de identificação exterior mais ostensivo.
    Todavia, quem se sentir bem, edificante e eficaz com batina, cabeção, faixa, mantelete, tricórnio e sapatos afivelados, que siga em frente! Em especiais manifestações de força sacerdotal, também estará certo, se todos mostrarem os seus arreios eclesásticos na melhor forma.
    Mal é o padre ou o bispo andar, já não de forma discreta e elegante, à civil ou à eclesiática, mas de forma desleixada, descuidada, banalizada, arrapazada ou ostensiva (em sentido oposto).
    Padres-homens, não padres-anjos nem padres-vedetas. Para arrapazamentos já bastam e sobram os governantes!
    Não aconteça o que se passou numa cerimónia protocolar que eu tive de conduzir em Novembro de 1991. Embora se tratasse de uma cerimónia civil, presidia, por deferência do município, o bispo diocesano, pois era a homenagem póstuma a um cónego. Entretanto, surgiu, quando se estava a constituir a mesa de honra, um alto dignitário eclesiástico com que não se contava.
    Convidei-o para a mesa e ele respondeu-me que não, que não vinha vestido. Claro que manifestei a minha falta de crença naquela desculpa e, a insistência minha, lá ocupou o lugar que lhe indiquei e com muito gosto nosso.
    Hoje é um ilustre bispo diocesano.

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  2. Caríssimo Pe. Manuel,

    O Santo Padre, no discurso a que o post remanda, não faz qualquer referência nem a batina, nem a cabeção.

    Literalmente, a expressão que o Papa usa é a palavra italiana "abito", que se pode traduzir por "veste". No entanto, essa expressão aparece só depois de tudo aquilo que o próprio Pe. Manuel acha mais importante: o Santo Padre deixa claro que o sacerdote deve transparecer pela sua fé, pelas suas virtudes pessoas, cultura e caridade. Mas, penso, que uma coisa não exclui a outra. As coisas menos importantes não estorvam nem impede a vivência das coisas mais importantes e mais sérias.

    Um abraço amigo,
    Pe. José Alfredo

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