quinta-feira, 3 de julho de 2008

O dinheiro destruiu o grupo...

Uma ideia generosa de jovens cristãos havia feito surgir um grupo de teatro naquela paróquia. Um ex-emigrante, com experiência - e gosto - na arte de representar dera uma ajuda preciosa. Aos poucos, mais gente vai aderindo: muitas crianças e alguns adultos. O Entusiasmo é grande.
O grupo acaba por se impor, não só no âmbito da freguesia, mas fora dela. Chovem convites para apresentar peças de teatro. De comum acordo, optam por não estabelecer preço. Aceitam o que lhe derem.
Todo o grupo decide que as ofertas recebidas, descontadas as despesas com o transporte, a alimentação e outros encargos ligados ao grupo de teatro e sua actividade, reverteriam a favor da associação caritativa da paróquia. A princípio, tudo rolava impecavelmente.
Só que onde há dinheiro é o diabo. Pessoas do grupo levantam o problema, que tal e coisa... não estava bem entregarem tudo à associação da caridade, que as pessoas que dão o seu tempo ao grupo também deveriam ter uma recompensa, nem que fosse uma prenda no dia de anos... Outros defendiam que não senhor, que se devia chegar ao fim do ano e distribuir igualmente a quantia recebida por todos os membros do grupo. Surgem amuos, incompreensões, má disposição, olhares de soslaio, ameaças de desistência...
Fez-se a experiência da prenda aniversária. Que por aquilo não valia a pena, que aquilo nem era prenda nem era nada. No ano seguinte, distribuiu-se o dinheiro. O mal-estar aumentou. As desconfianças subiram em flecha. Que não podia ser, que foi feito a tanto dinheiro, que não recebia nada de jeito cada um, que quem mais trabalhava mais devia receber...
Foi o fim. O espírito de grupo foi-se, as arrelias e quezílias instalaram-se, o mal-estar reinava. Começou a debandada.
É sempre assim quando o dinheiro se transforma no absoluto da vida de um grupo deste género. Enquanto o dinheiro não contou, o grupo funcionou, as pessoas eram felizes, o prazer do teatro era tudo. Agora... já não existe grupo de teatro naquela terra. O dinheiro assassinou-o!

1 comentário:

  1. Uma lição de vida, para todos aqueles que se deixam levar pela pior miséria de todas neste mundo:" o dinheiro".
    Vamos saber dar valor às amizades a união, ao amor e convivência entre irmãos unidos no amor em Cristo.
    Deixe-mos de lado esse demónio que é o dinheiro e passemos a ter actos de amor e amizade. Aproveitando o que existe de mais belo nesta vida.
    Libertemo-nos dos bens materiais da terra e passemos a dar mais valor aos bens celestes.
    Um abraço... com Jesus.:)

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