sexta-feira, 4 de julho de 2008

A GOTINHA AZUL

Era uma vez uma gotinha, chamada Azul, que era muito boazinha.
Um dia a Azul foi para um rio chamado Varosa, onde viu muitos peixes e conversou com um deles que era o chefe.
Então o chefe disse:
- Olá, como é que te chamas?
E ela respondeu-lhe.
- Eu chamo-me Azul. E tu?
- Eu chamo-me Pintinhas porque eu só tenho pintas cor de salmão, mas sou apenas uma truta famosa do Varosa.
- E olha onde é que estou?
- Estás no rio Varosa, mas antigamente era conhecido por Barosa.
- E o que é isso?
- Isso é um rio que nasce em Várzea da Serra, rega as hortas, os lameiros de Almofala, Teixelo, Vilarinho, Valverde, S. João de Tarouca, Mondim da Beira, Dalvares, Ucanha, Salzedas, Murganheira e Vila Pouca de Salzedas, todas elas terras encantadas do concelho de Tarouca.
Depois de conversar com o Pintinhas, ele aconselho-a a descobrir mais coisas sobre o rio Varosa.
Azul na sua pesquisa aproveitou um açude e fez um desvio pelo canal que a conduziu ao cubo de um moinho de Várzea da Serra. O moinho noutros tempos moía cereais, trigo, milho e centeio. Neste desvio ela caiu dentro, mas passou ao lado das pás do rodízio, que agora permanece parado, pois já não faz girar a mó, e o moleiro também não enche a moega.
Foi muito giro, ver que outrora aqui havia vida, mas agora faz parte do passado, pois a farinha agora vem de modernas moagens e o pão também já não é cozido no forno tradicional de lenha. Ela demorou muito tempo nesta observação, mas depois foi ter com o seu amigo Pintinhas, que lhe disse:
- Olha Pintinhas, vi muita coisa e gostei muito.
- Ah, sim! O que viste?
- Eu vi um moinho, como era constituído, como funcionava e imaginei a vida que o moleiro levava e a sua azáfama com os taleigos da farinha. Mas o que eu gostei mais foi descer pelo o canal, sentir o sabor e a frescura destas águas cristalinas que alimentam o verdejante “Vale Encantado”.
Juntos desceram na corrente das águas pela encosta deslumbrando-se com os monumentos cistercienses de S. João de Tarouca e Salzedas e a ponte medieval fortificada de Ucanha e por fim viram a mini hídrica de Vila Pouca produzir energia eléctrica.
Já no limite do concelho de Tarouca, Azul despediu-se do Pintinhas.
- Eu vou ter saudades tuas, mas um dia voltarei para te visitar.
- Eu também!...
A história da gotinha Azul termina aqui, mas certamente, depois de cumprir as suas tarefas, de passar por debaixo de muitas pontes, fazer girar turbinas, conhecer o Douro, ver o mar, visitar as nuvens… um dia voltará e o ciclo da água ficará completo.
Diana, 6ºA (PCA)

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