quinta-feira, 24 de julho de 2008

Exercer o poder não é demitir-se

Não é adiando continuamente os problemas que eles se resolvem. Esta de "o tempo tudo cura" pode converter-se em "o tempo tudo agrava".
Quem está à frente, seja na política, na associação, na vida da Igreja, não pode fingir que os problemas não existem, deixando-os prolongar indefinidamente no tempo, pensando porventura que eles acabem por se resolver...
Quem preside não pode demitir-se do exercício do poder. Mesmo que isso lhe traga amargos de boca. São os espinhos normais da função. Ao demitir-se de assumir as suas responsabilidades pode fazer sofrer inutilmente, desmotivar pessoas, emperrar resoluções, agravar dificuldades.
Há pessoas que têm uma dificuldade tremenda em lidar com o poder. Presos na indecisão, mergulhados no receio de se "chamuscarem", procurando agradar a gregos e a troianos, prolongam indefinidamente situações, adiando soluções, desmotivam pessoas, fabricam sofrimentos.
O poder é para ser exercidos, não só quando colhe palmas e passadeiras, mas também - e sobretudo - quando é preciso tomar rumos, resolver casos, propor metas. Às vezes numa grande solidão e incompreensão.
Quem está à frente é chamado a apoiar expressamente os que escolhe para diversas tarefas, mesmo quando possa desagradar a alguns. Só assim ganha credibilidade e mantém o espírito de sã colaboração.
Nisto Pinto da Costa é mestre. Os que escolhe para desempenhar cargos no seu clube sabem que enquanto os mantiver nessas funções, contam com o seu apoio incondicional, claro, público, repetido. Também por isso o Porto ganha...
E se noutros quadrantes se acolhesse este exemplo vencedor?

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