“Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidose Eu vos aliviarei”!
1. Não são de agora a pressa ou a pressão, nem o stress ou a depressão. As chamadas “doenças da moda”, minaram, desde sempre, e sem dó, as forças da razão e atingiram sem piedade as resistências do coração. Não têm época determinada estas doenças. Já no tempo de Jesus, pelos vistos, havia muita gente cansada e oprimida, pese embora a pasmaceira de uma certa cultura pastoril e agrícola, ainda sem relógios, a marcar o ponto. Havia gente cansada de viver, porque desprovida de sentido e de esperança. Gente oprimida pela tirania do poder romano ou sobrecarregada pelos preceitos da religião oficial. A falta de perspectivas de vida, o baixo índice de esperança, a dureza mal paga dos trabalhos de cada dia, compensada, muitas vezes, na procura errante de felicidades instantâneas, deitavam por terra os olhos de um povo santo, oprimido por fora e deprimido por dentro.
2. É a estes «cansados e oprimidos», é a nós, neste final de ano pastoral, escolar e laboral, que Jesus convida a ir até Ele, a acolher-se a Ele, a procurar nEle refúgio, abrigo, consolação e esperança: “Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei...” É o próprio Cristo que neste domingo de Verão nos desafia a entrar nEle, a repousar nEle, a sossegar nEle, a saborear nEle o mistério profundo do seu doce amor por nós! De facto, só Ele conhece o que há em nós. E porque “Deus é maior do que o nosso coração”, só Ele pode dar resposta às nossas inquietações, dores, esperanças e sofrimentos. Só nEle o nosso desejo de paz se cumpre plenamente. Só nEle o cansaço das horas e a opressão dos dias pode dar lugar ao gozo e ao repouso. «Fizestes-nos para Vós, Senhor, e o nosso coração não descansa enquanto não repousa em Vós»! (Sto. Agostinho).
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