sexta-feira, 4 de julho de 2008

A "democracia" do PCP

Um voto conjunto do PS, PSD e CDS-PP entregue quinta-feira na Assembleia da República foi hoje votado por todas as forças políticas com assento parlamentar, excepto pelo PCP!
O documento expressa satisfação pela libertação de Betancourt e de outros catorze reféns, classifica as FARC de grupo terrorista e repudia a sua actividade.
Foi exactamente por não aceitar que as FARC sejam um grupo terrorista e por se negar a repudiar a sua actividade que o PC votou contra.
Quer o partido comunista queira quer não as FARC são um movimento marxista e terrorista. Ai se fossem de direita!... O que não diriam os comunistas! Desfilariam o rosário todinho, no costumeiro estilo de cassete.
Posso até aceitar que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, cometa exageros. Mas que eu saiba, foi eleito pelos seus concidadãos os quais, quando bem entenderem, o podem tirar do poder pela força dos votos. Que legitimidade têm as FARC? Quem as elegeu? A sua força provém das armas, do terrorismo, da morte...
O partido comunista lembra, por vezes, os velhinhos. Perderam a memória de factos mais recentes, mas conservam bem vivas as lembranças de outrora. O PC não caminhou, está ainda no império soviético. É lá que teimosamente quer permanecer, fugindo ao futuro, alienando-se num pretérito que não volta mais.
É pena. Para a democracia.

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