quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Não basta falar em mudança, urge operacionalizá-la

A Igreja ou é orante ou não é a Igreja de Cristo. Toda a Igreja (todos nós, os cristãos) precisa de muito mais tempo de joelhos diante de Deus para estar sempre de pé diante dos homens, das organizações e das coisas.
Sem esta oração estruturante da vida, a Igreja fica reduzida a uma mera organização filantrópica ou a uma estrutura como outras existentes.
Penso sinceramente que rezamos todos muito pouco e bastante mal. Para muitos, a oração resume-se a uma pedinchice pegada. E se não sentem necessidade de pedir, até porque a vida lhes corre, não rezam.
Ainda hoje uma pessoa me testemunhava a importância que a oração tem na sua vida, até no que toca ao equilíbrio psíquico. Interessante a maneira como essa pessoa vê Deus a escorrer na sua vida... Muito bonito.

Foi este apelo papal para a mudança, que me levou a pensar: critica-se muito a paganização do Natal. Há quem fale que Cristo já não tem lugar no Natal. Mas que se faz para inverter a situação? Chega a denúncia?
Decidi então oferecer a cada família desta comunidade uma simples proposta de oração, intitulada: "Para uma celebração cristã da consoada". Procurei que fosse profundamente bíblica, aberta à Boa Nova que essa noite festeja, fácil de executar, suscitadora da participação e altruísta.
Ela irá no meio do boletim paroquial do Natal que vai ser entregue de casa em casa. Procurarei, da melhor forma que souber, motivar as pessoas para esta proposta.

É pouco? Nesta comunidade só se faz isso? Não, felizmente. Bastante mais. Mas sinto que se não rezarmos, podemos ficar só no fogo de artifício.

A mudança vive muito da criatividade. Parece que às vezes temos medo desta palavra, como se ela fomentasse desvarios, heresias, desmandos, brechas. Não penso assim. Entendo ao contrário. Se não dermos asas à criatividade, ficamos num rotineirismo entorpecedor e incapacitante.
Não estará na falta de criatividade um dos males da pastoral dos nossos dias? Não devemos oferecer a VERDADE ETERNA DE DEUS na linguagem e nos modos que os homens de cada época percebam?

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