sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

E se 2008 fosse marcado pela fidelidade?

Nos nossos tempos, um dos valores que se escapa como agua na rede é a fidelidade. Onde está a fidelidade à palavra dada, ao compromisso assumido, ao propósito feito?

Antigamente dizia-se que a palavra de um homem era uma escritura? Actualmente, o que hoje é verdade, amanhã é mentira. Gera-se a desconfiança, o mal estar, as relações entre as pessoas fragilizam-se, o preconceito alarga...

Compromissos são compromissos. Mas quem os cumpre? Arranjam-se sempre motivos e desculpas para não se levarem a sério. Se pensarmos, até sobre o ponto de vista económico, os prejuízos gigantescos que causa a falta de fidelidade aos compromissos assumidos, até nos arrepiamos! Promete-se dar as obras de uma casa, de uma estrada ou de um qualquer empreendimento numa certa data e depois quantos meses mais, quando não até anos!? Promete-se a recuperação do veículo para tal altura e quantas vezes essa altura são muitos dias depois! Promete-se entregar um estudo em tal ocasião e depois... é esperar até desesperar! Promete-se a execução de tal obra num determinado dia e acontece que esse dia nunca mais chega! Etc, etc, etc. Quanto sofrimento, quanto angústia, quanta depressão, quanto stress, quanto prejuízo!!!
Isto para não falarmos já no compromisso matrimonial! Então aqui, com as consequências que todos conhecemos, a situação é alarmante!

E quanto a propósitos, então estamos feitos. Fazemos propósitos de nos emendarmos e à mínima tentação, deitamos o propósito fora; os estudantes fazem o propósito de se aplicarem e estudarem mais e depois é mais do mesmo; há propósito de se largar este ou aquele vício, mas depois, porque custa, volta-se ao mesmo; juramos propósitos em certas alturas especiais da nossa vida para logo a seguir os deitarmos na gaveta do esquecimento...

Éramos todos bem mais felizes se cada um fosse fiel à palavra dada, ao compromisso assumido, à promessa feita! Mesmo quando custa muito sê-lo! Mesmo quando exige um esforço suplementar. Vale a pena.
E se 2008 fosse marcado pela fidelidade?

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