segunda-feira, 16 de julho de 2007

Saramago acha que Portugal acabará por tornar-se uma província de Espanha

O prémio Nobel português José Saramago prevê, numa entrevista publicada no "Diário de Notícias"(15-7-07), que Portugal vai acabar por tornar-se uma província de Espanha e integrar um país que se chamaria Ibéria para não ofender "os brios" dos portugueses.

O escritor, que reside há 14 anos na ilha espanhola de Lanzarote, considera que Portugal, "com dez milhões de habitantes", teria "tudo a ganhar em desenvolvimento" se houvesse uma "integração territorial, administrativa e estrutural" com Espanha.

Portugal tornar-se ia assim, sugere o Nobel português, mais uma província de Espanha: "Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos Portugal". "Provavelmente [Espanha] teria de mudar de nome e passar a chamar-se Ibéria. Se Espanha ofende os nossos brios, era uma questão a negociar", disse o escritor, membro do Partido Comunista Português desde 1986.

Questionado sobre a possível reacção dos portugueses a esta proposta, Saramago disse acreditar que aceitariam a integração, desde que fosse explicada: "não é uma cedência nem acabar com um país, continuaria de outra maneira. (...) Não se deixaria de falar, de pensar e sentir em português". Na visão do escritor, Portugal não passaria a ser governado por Espanha, passaria a haver representantes de ambos os países num mesmo parlamento e, tal como acontece com as autonomias espanholas, Portugal teria também o seu próprio parlamento.
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1299516&idCanal=14

Concorda com Saramago?

3 comentários:

  1. Basta ver o meu último post.

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  2. O sr. saramago não escreve só mal,como, pelos vistos, tambem pensa mal. Este pensamento só poderia vir de um comunista, que se pensa mais inteligente que os outros. Sr. Padre Carlos há que dar voz aos grandes pensadores portugueses e não a estes pseudo- portugueses. Ele fugiu para a espanha porque não aguentou a democracia portuguesa, pois pelo menos, lá existe ainda uma espécie de ditadura, pois o rei não é eleito.
    O Saramago é um dos que queria substituir o Salazar, ele deveria de estar proibido de entrar em Portugal, proibido de falar em portugues,lingua esta que nem sabe escrever.
    Desculpe este meu comentário, mas um homem como o Saramago, é o que merece.

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  3. O iberismo, de Saramago e de tantos outros, só peca por falta de realismo: por um lado, Portugal tem uma História de 8 séculos, bem mais antiga do que a de Espanha, que conformou uma unidade cultural muito grande. Por outro lado, porque Espanha nunca conseguiu integrar nações como a Catalunha ou o País Basco (e não falo do independentismo extremista, mas de um nacionalismo realmente arreigado, mesmo nos sectores mais moderados das respectivas burguesias), para já não falar da Galiza. Iria ser um problema para os portugueses que têm uma noção da sua cultura (tão diferente da espanhola), e para os espanhóis democratas que não compreendem porque é tão difícil integrar povos distintos. Mas o iberismo de que fala Saramago, um iberismo das periferias, que pretenderia impôr-se ao centralismo castelhano, não é novidade - e surge sempre como uma ideia amável.

    Maior distarate é o de um obscuro ex-diplomata, ministro efémero de um Governo de Durão Barroso, que veio proclamar que Saramago só deve tratar de literatura, «e deixar aos outros questões políticas e estratégicas». Para quem foi uma nulidade total como político e estratega, a proclamação, que seria sempre completamente idiota e descabida, destoa ainda mais. Claro que Saramago e todos nós temos direito de falar de política, com a certeza de que não diremos nem faremos tantas asneiras como o Dr. Cruz.

    Publicação: Monday, July 16, 2007 6:36 PM por PedrodAnunciacao
    Ver em:

    http://sol.sapo.pt/blogs/pedrodanunciacao/archive/2007/07/16/O-iberismo-de-Saramago.aspx

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