sexta-feira, 20 de julho de 2007

Apoio à natalidade e à família

O primeiro-ministro anunciou hoje um programa de apoio à família e à natalidade, aumentando o abono de família para as crianças e criando uma nova prestação de apoio à gravidez. As medidas de José Sócrates foram reveladas no seu discurso inicial do debate do Estado da Nação, a decorrer hoje no Parlamento.

Sócrates disse que será criada "uma nova prestação de abono de família, que será paga às futuras mães a partir do terceiro mês de gravidez".
"Garantido o acompanhamento médico, as mulheres grávidas, que preencham os requisitos para receber o abono, passarão a ter direito a seis meses de apoio financeiro adicional. Com esta prestação apoiaremos mais de 90 mil famílias e o valor do abono dependerá dos rendimentos. Mas para cerca de 32 mil famílias isto significará um novo apoio de 130 euros", sustentou.

Asegunda medida de apoio à natalidade, de acordo com Sócrates, destina-se a apoiar as famílias mais numerosas nos segundo e terceiro anos de vida das crianças - "período em que o acréscimo de despesas é mais relevante e onde o actual abono de família é substancialmente mais baixo". O Governo vai por isso "duplicar o abono de família, neste período de vida das crianças, para segundos filhos e vamos triplicá-los para os terceiros filhos e seguintes. Trata-se de envolver mais de 90 mil crianças e respectivas famílias num apoio social muito mais efectivo, durante um período em que isso é particularmente necessário", sustentou.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que, nos últimos 20 anos, Portugal caracteriza-se pelo decréscimo da taxa de natalidade tendo passado de uma média de 12,2 para 10 crianças por cada mil habitantes. Por outro lado, entre 1987 e 2006 as mulheres portuguesas tiveram cada menos filhos e mais tarde. Com o decréscimo da taxa de natalidade e o aumento da longevidade a população portuguesa está a envelhecer tendo a proporção de jovens passado de 22 por cento em 1987 para 15 por cento em 2006.

Sic online

Estas medidas entram em vigor no dia 1 de Setembro.

5 comentários:

  1. Passei por este blog e vi esta informação.
    Confesso que esperava mais, muito mais apoio à natalidade, porque o país precisa a sério, pois temos um Portugal cada vez mais velho.
    Ao menos isto e oxalá seja a sério, porque de promessas de políticos há sempre que desconfiar.
    Amélia Morais

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  2. Outra promessa...espero que concretizada ao contrário de outras por ele proferidas. Esta a meu ver carregada de hipocrisia.
    Para o Sr.1ºministro, foi uma questão de honra colocar a referendo o aborto, depois de saber que estamos com uma população envelhecida e de noutros paises em que foi legalizado o aborto retrocederem e darem apoios á natalidade, mas apoios significativos!!!Agora isto??

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  3. (cont.)
    Realmente Sr. Ministro...quem quer enganar?Por acaso é capaz de apoiar a natalidade com mais 130€?Ou o Sr Ministro pensa que todos têm o seu salário?
    Desculpem o desabafo...mas só em Portugal!!
    "Uma vez pequeninos, sempre pequeninos..."
    A.S.C.

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  4. Realmente, amigos, parece-me que estamos mais perante um amortecimento dos danos do aborto do que diante de um efectivo apoio à natalidade.
    Penso que o Sr 1º Ministro Sócrates devia fazer da luta e da promoção da vida a sua "questão de hontra"! Nunca o aborto.

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  5. É verdade, até porque vão gastar muito mais nos tão anunciádos 20.000 abortos por ano(isso sim um grande feito para o ministro da saude).Tudo grátis...agora é que as meninas de "bem" estão como querem. Quanto aos comuns mortais?! pagam e não "bufam". Para este fim já há dinheiro...e o Sr. Constancio não veio falar da divida publica...
    A.S.C.

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