quinta-feira, 5 de julho de 2007

A dança das transferências

Os jornais, em papel ou online, enchem páginas e páginas com transferências de futebolistas. Sabem que este assunto apaixona os apaniguados e então há que dar realce a transferêcias reais, possíveis ou boateiras...
Ressalta que, quando um dos colossos europeus pretende um futebolista que actua num clube português, é quase certo que este parta. Nenhum clube português tem possibilidades económicas de competir com os ricos clubes europeus. Os casos de Anderson e de
Nani é paradigmático.
Por outro lado, as equipas portuguesas reforçam-se como e onde podem - quase sempre para lá do que podem. Por isso, não é de estranhar o déficit monumental que apresentam.
E a aposta na formação? Que fazem os clubes dos jovens formados nas suas camadas? Ou os emprestam - o caso do meu clube de coração é sintomático - ou os despacham. Quantos futebolistas portugueses jogam actualmente nos principais clubes nacionais??? Com a agravante de a nível internacional não fazermos má figura a nível de futebol jovem. Tantas vezes dou comigo a perguntar por que razão têm os treinadores tanto receio de apostar nos jovens. Honra seja a Paulo Bento que vai lançando miúdos saídos da cratera de Alvalade.
Não sei se não seria de dar passos em frente, rumo a uma solidariedade social e desportiva, pese embora a força do lobby dos grandes clubes europeus. Por exemplo, limitar o número de estrangeiros por clube, ou fixar um tecto para as transferências, evitando a loucura dos milhões, escândalo para uma humanidade com multidões famintas.

O "Apito Dourado" continua a dar que falar e a ser filão para jornalistas desportivos e não só. Porquê este cerco da justiça aos clubes do norte, mormente ao FCP? Será que no sul não há corrupção? Será que só alguns clubes do Norte e seus dirigentes é que podem ser corruptos? A justiça, para ser justa, tem que tratar os cidadãos todos por igual. É isto que se passa?
Longe de mim condenar ou absolver seja quem for. Compete à justiça. Só desejo uma justiça justa.

Que o futebol seja cada vez mais transparente, mais desporto, mais festa do povo. Sem guerras, sem ameaças, sem intolerâncias, sem arruaceiros (Ai, essas claques!!!). Sem corrupção. Que se viva com paixão o nosso clube, sem jamais ver inimigos em qualquer clube adversário.
Os dirigentes desportivos fariam um óptimo serviço à sociedade se falassem menos, se não incendiassem, se cuidassem mais e melhor do desporto em Portugal. Até porque em colaboração resolveriam muito melhor os problemas que os afectam.

Permitam que o diga - que me desculpem os meus confrades portistas - o meu clube não tem crescido em número de adeptos ao ritmo das conquistas alcançadas, porque os dirigentes o têm deliberadamente circunscrito a uma região, talvez para unir forças. Mas ao entrincheirar-se, rejeita, repele, afasta, cria anticorpos. E eu gostava de ver o meu FCP como um clube de dimensão nacional tal como a tem internacionalmente. Um clube carismático, valente, corajoso, mas leal e admirado por todo o país. Com muitossssssssssssssssssssss mais portistas.

2 comentários:

  1. O sr. Padre Carlos fala dos clubes grandes, e porque não dos nossos. Só para dar um exemplo, temos dois clubes em Tarouca, que não se entendem. Agora vamos voltar aos tempos antigos, duas equipas de Futebol de 11, no concelho para que?
    No arguedeira o clube é de um senhor que não quer sair de lá, faz-me lembrar o tempo do Salazar, em que ele sempre ganha mesmo sem se candidatar. Este ano havia um único candidato e ele nãoganhou. Ali não existe uma associação mas sim uma "segunda casa de um senhor que julga que aquilo é dele.
    No Tarouca não sei o que se passa, mas sei que quem vem de fora é que é bom, não estou com isto a criticar os de fora, mas sim a sua politica, pergunto eu e então a formação? não existe? Um clube assim não pode viver, a maior base de qualquer clube é a formação, o amor à camisola.
    Poderia aqui criticar mais coisas, mas o essencial está aqui.
    Gostaria que fala-se, já que é uma voz activa, do desporto em Tarouca.

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  2. Esta aberta a sessão. Não me julgo a pessoa ideal para me pronunciar acerca do desporto local. E sobre aquilo de que não estou seguro, prefiro não me pronunciar. Mas gosto de aprender e de analisar.
    Há muita gente capaz e preparada para nos ajudar a todos a pensar sobre este assunto.
    Apareçam.
    Asas da Montanha

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