quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Pai, podias vender-me uma hora do teu tempo?

Se não é verdadeira, pelo menos podia ser. E então nos nossos tempos é muito significativa esta história que a seguir reproduzo:

Uma criança perguntou timidamente ao pai quando este regressava do trabalho:
— Pai, quanto é que ganhas por hora?
O pai, friamente, respondeu:
— Para que queres tu saber? São dez euros por hora.
— Então, pai, poderias emprestar-me três euros?
— Ah! É por isso que queres saber quando ganho por hora?! Vai para a cama e não me aborreças mais!
Daí a bocado, o pai começou a pensar no que tinha acontecido e sentiu-se culpado. Talvez o filho necessite de comprar algo. Entrou no quarto e perguntou-lhe baixinho:
— Filho, já estás a dormir?
— Não, pai.
— Olha, aqui tens os três euros que me pediste.
— Muito obrigado, pai. Depois a criança levantou-se, foi buscar os sete euros do mealheiro e disse ao pai:
— Agora já tenho dez euros! Pai, podias vender-me uma hora do teu tempo?


Hoje os pais têm pouco tempo para estarem com os filhos. E isso vai prejudicar a sua relação no futuro. A começar pelo menos na adolescência. Há filhos que não contam nada aos pais. Nem mesmo as coisas que os afligem ou magoam. Não há comunicação. E isso em muitos casos é fatal. A marginalidade, as relações amorosas antes do tempo, o álcool e a droga têm origem nessa falta de diálogo e comunicação.
Se é pai ou mãe esteja atento. Os pais dão muitas coisas aos filhos. Mas o que eles mais necessitam é que lhes dêem tempo para os escutarem.
In O Amigo do Povo

4 comentários:

  1. Para este governo é o quanto pior melhor agora só se fala no Magalhães nas novas tecnologias o apoio que as familas precisão tais como apoio com creches do estado gratuitas apoio aos poucos pais que vivem no interior deste nosso pais para evitar a desertificação horários condignos para as mães poderem ajudar na educação das crianças e muito mais teria para dizer fico por aqui.

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  2. Acho que o governo não tem nada a ver com o bocadinho de tempo que podemos dar aos nossos filhos e devemos. A vida é stressante hoje em dia, mas há sempre tempo para os filhos, nem que seja à hora do almoço ou do jantar, e não só, basta também que os solicitemos para ajudar nas tarefas de casa e ao mesmo tempo conversar com eles, perguntar sobre a escola, sobre os amigos, se está tudo bem, e muito mais, haja vontade e também paciência e muito amor.

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  3. Também me parece que seja qual for a política, nada pode retirar os pais dos filhos.
    Quando a família é esse espaço de encantamento de que tanto gosta de falar o P.e Carlos, então o tempo passado com os filhos pode não ser muito em quantidade, mas é precioso em qualidade.
    Concordo, contudo, com o primeiro comentário neste aspecto: o Estado deveria fazer mais, bastante mais pela família.
    Às vezes assoma-me este pensamento: porquê tanto dinheiro para os bancos e tão pouco apoio às famílias?
    Enfim, não sou pessoa de perder a esperança. Se cada um quiser, se todos quisermos, podemos ir bem mais longe...

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  4. Claro que os governantes tem culpa com as leis que aprovão sou do tempo em que se entrava a trabalhar ás 8 da manhã às 5 regresava-se a casa ai sim tinhamos mais que tempo para dar aos nossos filhos hoje o trabalho em muitas emprezas é feito por turnos muitos deles dezajustados da vida familiar os ordenados são baixos muitas as vezes os pais recorrem a fazer outros biscates para poderem levar uma vida mais dezafugada mas ai lá está falta tempo para os filhos estou me a lembrar uma nuticia que li o suicidio de alguns policias nos ultimos anos é de nos assustar e estes casos são os que veem para os jornais e os outros que por mutivos edenticos não são nuticiados tudo isto tem a ver com o stresse da vida diaria quitadas das criancinhas sem culpa são as que mais sofrem perda dos pais falta de carinho falta de amor e conforto e muitas vezes graves necessidades não seria ao estado que competia dar mais qualidade de vida a todos os Portugueses e não só a alguns .

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