Mais de 300 líderes religiosos e académicos deram início a encontro de oração e reflexão pela paz
Bento XVI e mais de 300 líderes religiosos e académicos deram início esta manhã a um encontro de oração e reflexão pela paz e a justiça no mundo, reunidos na cidade italiana de Assis, sob o lema ‘Nunca mais a guerra, nunca mais o terrorismo’.
As palavras do anterior Papa, João Paulo II, lançadas em Assis, em janeiro de 2002 (pouco depois dos atentados do 11 de setembro, nos EUA), foram pronunciadas em diversas línguas durante um vídeo que recordava o Dia Mundial de Oração pela Paz, convocado pelo mesmo Karol Wojtyla, há precisamente 25 anos.
Após uma viagem de comboio, Bento XVI e os representantes religiosos dirigiram-se para a basílica de Santa Maria dos Anjos, onde foram acolhidos pelo cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, organismo da Santa Sé, que sublinhou o "chamamento comum a viver juntos em paz".
Em seguida, tiveram início as intervenções de dez líderes de religiões e uma representante dos não crentes, com o patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I, a declarar que “todo o diálogo verdadeiro” traz em si as sementes de uma “metamorfose possível”
“É da indiferença que nasce o ódio”, referiu o patriarca, que recordou a “primavera árabe” e alertou para a situação dos cristãos no Médio Oriente
Por seu lado, Rowan Williams, arcebispo da Cantuária, primaz da Comunhão Anglicana (Inglaterra), deixou aos presentes uma convicção que diz ser partilhada por todos os crentes: “Em última instância, não somos estranhos uns para os outros”
Olav Fykse Tveit, secretário-geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, lembrou os atentados de julho, na Noruega, que deixaram 76 mortos em Oslo e na ilha de Utoya, cometidos pelo norueguês Anders Behring Breivik.
O Rabino David Rosen, representante do Grão Rabinato de Israel, agradeceu a João Paulo II e a Bento XVI por estas iniciativas pela paz, "expressão sublime da vontade divina".
Os países representados em Assis são mais de 50, entre os quais Egito, Paquistão, Jordânia, Irão, Arábia Saudita e outros que, segundo a Santa Sé, “são talvez dos que mais sofrem neste momento histórico por causa dos problemas da liberdade religiosa”.
À tarde, os presentes participam numa caminhada silenciosa para a basílica de São Francisco, reunindo-se na Praça diante do edifício para o encontro conclusivo da jornada, com a renovação do “solene compromisso comum pela paz”, segundo o programa divulgado pelo Vaticano.
In ecclesia
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