terça-feira, 9 de novembro de 2010

Manuela Ferreira Leite contra o ataque à acumulação de pensões

Manuela Ferreira Leite defendeu ontem, no Funchal, a acumulação de pensões de reforma com salários no sector público e diz que Portugal vive, neste momento, "um espírito de PREC", numa referência ao gonçalvismo e ao Processo Revolucionário em Curso. A deputada social-democrata discursou numa conferência-debate promovida pela JSD/Madeira sobre questões autonómicas, perante uma plateia que contou com a presença de Alberto João Jardim, um dos políticos-exemplo da acumulação total da pensão de reforma com a remuneração como presidente do Governo Regional.

A ex-ministra das Finanças esquivou-se a falar de economia regional. Preferiu colocar todos os focos na actuação do Governo de José Sócrates, criticando veementemente as medidas de austeridade, nomeadamente o aumento de impostos sobre o trabalho e a redução dos salários da função pública, com implicações na privada, bem como os "ataques àqueles de acumulam vencimentos" porque, sublinhou, fazendo, neste contexto, uma analogia ao "espírito do PREC", vivido no País em 1975.
Fonte: aqui

"Se os recebem é porque trabalharam"
Não posso deixar de estar em desacordo com a Drª Ferreira Leite.
E não trabalharam de sol a sol tantos milhares de idosos que hoje recebem pensões de miséria que, muitas vezes, nem para os remédios dão?
Então se são exigidos sacrifícios a todos, não será de exigir mais a quem mais ganha?
Manter "espírito PREC" neste momento é deixar acumular pensões; é manter intocáveis ou quase os loucos ordenados de gestores; é não reduzir drasticamente as grandes reformas; é não acabar com privilégios e mordomias de políticos, altos quadros e empresários; é espremer ainda mais a classe média; é retirar aos pobres da sua pobreza; é manter  "ordenados mínimos" quem se recusa a trabalhar...
Mas quando o cego liberalismo económico corre nas veias, diz-se o que disse Ferreira Leite e muito mais...

1 comentário:

  1. Sensata opinião, Sr. Padre Carlos.

    A Dra. MFL, salvo o devido respeito, não é infalível, pese o respeito que por ela alguns têm...
    Quando passou pelo Ministério das Finanças, o que fez foi aumentar injustamente o IMI, criando graves dificuldades às pessoas. E alterou toda uma estrutura fiscal que só veio complicar...
    Como ministra da Educação foi o desastre que se viu...

    Tal como o Dr. Cavaco Silva, a Dra. MFL goza, nalguns meios, de uma auréola que, na minha opinião, não corresponde à realidade...

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