A vida tornou-se uma corrida. Contra o tempo e contra a própria vida. Quando apenas se corre sem parar, dificilmente se aguenta.
Tudo é feito com pressa. E a própria pressa é mais intensa. A pressa é uma autêntica pressão.
Na pressa, não se pensa. Na pressa, pressiona-se. Na pressa, aumenta a pressão.
Hoje, há pressão para fazer greve. Há pressão para não fazer greve. E não se pensa muito no que se ganha ou perde com a greve.
Direito inalienável, ela foi-se tornando num instrumento de luta e numa afirmação de recurso.
Mas o povo sofrido já nem na greve acredita. Muitos vão aderir para dar o sinal.
Mas sabem que, volvida a greve, tudo voltará ao normal.
Esta greve parece transformada num grito de desespero e numa competição entre sindicatos, patrões e governo.
As coisas mudaram muito. As pessoas sentem que a mudança já não passará muito por ali.
Javier Arangurem sinalizou a pressa como uma das grandes doenças do nosso tempo, a par do ruído e do êxito.
A greve vai chegar depressa. Vai acabar depressa. E o que não passará é a pressão dos compromissos, do dinheiro que não chega.
Sob pressão, é ainda mais difícil. E o mais grave é que a pressão se abate sobre os mais desfavorecidos.
No meio da crise, há muita gente que já nem aparece.
É preciso despertar as energias do espírito.
Fonte: Aqui
Eu não aderi à greve! Pensei e são mais as perdas do que os ganhos. Embora me denominassem de egoísta, a greve já devia ter sido feita, não era agora depois das decisões tomadas. Além disso, no meu âmbito de trabalho, havia muita coisa para discutir, para reflectir e atitudes a alterar e mais não digo!
ResponderEliminarBeijinho sereno
Ana Patrícia