quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greve Geral de 24 de Novembro

A vida tornou-se uma corrida. Contra o tempo e contra a própria vida. Quando apenas se corre sem parar, dificilmente se aguenta.

Tudo é feito com pressa. E a própria pressa é mais intensa. A pressa é uma autêntica pressão.

Na pressa, não se pensa. Na pressa, pressiona-se. Na pressa, aumenta a pressão.

Hoje, há pressão para fazer greve. Há pressão para não fazer greve. E não se pensa muito no que se ganha ou perde com a greve.

Direito inalienável, ela foi-se tornando num instrumento de luta e numa afirmação de recurso.

Mas o povo sofrido já nem na greve acredita. Muitos vão aderir para dar o sinal.

Mas sabem que, volvida a greve, tudo voltará ao normal.

Esta greve parece transformada num grito de desespero e numa competição entre sindicatos, patrões e governo.

As coisas mudaram muito. As pessoas sentem que a mudança já não passará muito por ali.

Javier Arangurem sinalizou a pressa como uma das grandes doenças do nosso tempo, a par do ruído e do êxito.

A greve vai chegar depressa. Vai acabar depressa. E o que não passará é a pressão dos compromissos, do dinheiro que não chega.

Sob pressão, é ainda mais difícil. E o mais grave é que a pressão se abate sobre os mais desfavorecidos.

No meio da crise, há muita gente que já nem aparece.

É preciso despertar as energias do espírito.
Fonte: Aqui

1 comentário:

  1. Eu não aderi à greve! Pensei e são mais as perdas do que os ganhos. Embora me denominassem de egoísta, a greve já devia ter sido feita, não era agora depois das decisões tomadas. Além disso, no meu âmbito de trabalho, havia muita coisa para discutir, para reflectir e atitudes a alterar e mais não digo!

    Beijinho sereno
    Ana Patrícia

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