Esta pergunta foi-me feita por uma pessoa, há uns tempos. Na altura pensei que esta dúvida era um caso isolado. Com o tempo verifiquei que hoje goza de alguma popularidade e aceitação no ocidente a crença na reencarnação. Tive ocasião de o sentir mais vivamente na questão que me foi posta, há dias, por um universitário. Esta nova fé chega até nós através de livros, filmes e grupos religiosos não cristãos.
O que impressionou este meu interlocutor foi a convicção de um seu colega de que os animais são reencarnações de pessoas que se portaram mal noutras vidas. E contou-me que este seu companheiro pensa que temos de tratar bem os animais porque eles podem ser os nossos familiares e amigos que já morreram.Por meu lado expliquei-lhe a ressurreição com o exemplo de Cristo. Jesus foi morto e sepultado e, após 3 dias, o seu corpo desapareceu do sepulcro e tornou-se glorioso, podendo ser tocado. E também atravessava portas e paredes sem a necessidade de serem abertas ou derrubadas. O corpo de Jesus ressuscitado é um corpo semelhante ao que receberemos no final dos tempos.
A doutrina da reencarnação afirma que o espírito do falecido assumirá um novo corpo para fins de purificação, ou seja, as sucessivas reencarnações de um espírito o fazem alcançar a perfeição no final deste longo processo, purificando-se assim das culpas e pecados cometidos nas reencarnações anteriores. Porém, a reencarnação é um absurdo para o cristão por vários motivos. Destes destacamos os seguintes:
– Na Bíblia, em Hb 9,27 lemos que "para os homens está estabelecido morrerem uma só vez e em seguida vem o juízo". Isso significa que após a nossa morte receberemos o veredicto final de Deus: ou estamos salvos ou seremos condenados. E se formos condenados, não haverá outra chance (reencarnação) para chegarmos à perfeição.
– Se as pessoas fossem salvas por sucessivas reencarnações, não era preciso Jesus vir ao mundo salvar. Cada um se salvava na encarnação em que fosse bom. O próprio Jesus disse ao chamado bom ladrão: «Hoje estarás comigo no paraíso». Sinal que Cristo veio salvar mesmo os pecadores arrependidos.In O Amigo do Povo
Sim, muita gente anda a "aderir" a doutrinas que reconhecem a reencarnação, sobretudo a doutrina budista. Note-se, porém, que muitos dos que se convertem ao Budismo não o segue propriamente, acabam por adaptar como convém à sua vida as especificidades da mesma doutrina, vão adulterando um pouquinho.
ResponderEliminarMas existem muitas outras posturas digamos que religiosas, porque é através delas que as pessoas sentem e vivem o sagrado, que acreditam na reencarnação. Estou a lembrar-me de uma amiga que "faz parte da mesa", não sei muito bem designar. Segue o espiritismo, onde muito mais do que acreditar,os seus seguidores vivem para a reencarnação. Gosto de lhe fazer perguntas e saber como aquilo funciona, até já lhe pedi para assistir a uma sessão "da mesa", mas, pelos vistos, não posso. De vez em quando, ela não anda muito fortalecida a nível espiritual e é por causa das reencarnações, porque tem de fazer alguma coisa para alterar ou completar algo que não fez na vida anterior. E faz mesmo, até já foi a Berlim, era lá que resolveria o problema. Com efeito, é uma espécie de "Brahman", que se extingue e volta a surgir num ritmo cíclico, assim por toda a vida.Ela já resolveu umas poucas de vidas... Por vezes, parece-me que há alguma baralhação quando a confronto com alguma questão mais "apurada", mas respeito-a, claro!E fico a pensar...eu não conseguiria passar toda uma vida a resolver vidas anteriores, quando Deus me dá esta para resolver e já não é pouco! Acredito que se me portar mal, não vou precisar de outra vida para emendar, vou tão somente precisar da misericórdia de Deus!
Esta erva daninha da "reencarnação" já está semeada de há muito, mas, nos tempos actuais, começa a brotar de novo e de forma assustadora... E mesmo nos cristãos, e até em gente que diz que é católica...
ResponderEliminarConheço certas pessoas que até - de forma blasfema - recebem a Sagrada Hóstia, e, em simultâneo, frequentam os círculos diabólicos do espiritismo...!
Já tenho sugerido a alguns presbíteros que aproveitem a hora das celebrações eucarísticas para fazerem uma pequena catequese antes do início da celebração para dar alguma luz a tais pessoas que andam a ser enganadas. Com 2 ou 3 exemplos, é fácil desmontar a falácia das "reencarnações" ou "vidas passadas", "regressões", etc. etc. ...
Este joio vem-se disseminando rapidamente e confunde muita gente. E confunde, necessariamente, porque os católicos, por via de regra, têm uma formação muito rudimentar em relação à sua Fé. Daí que qualquer idiota os engane…
Há um livro muito bem estruturado sobre o assunto, que faz uma abordagem, histórica profunda, e, com recurso a passagens bíblicas, e a casos reais, desmonta com argúcia tais patranhas e fantasias. Esse livro, da autoria do Bispo brasileiro, franciscano, Boaventura Kloppenburg, deveria ser posto à venda nas paróquias.
É que a coisa tem maior dimensão do que se imagina… Bruxos, espíritas, pais de santo, sessões de regressão ao passado... e, depois... ir à Missa e comungar... ! É de arrepiar!
Penso que é altura de a hierarquia começar a preocupar-se a sério com o assunto, pois as consequências que este lixo provoca nas consciências são muito graves e não podem nem devem ser ignoradas.