terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

QUARESMA TEMPO DE CONVERSÃO - Práticas Penitenciais

Entramos no tempo da Quaresma. Nela, a pedagogia da Igreja oferece-nos meios para viver, mais intensamente, este tempo de preparação específica para a Celebração do Mistério Pascal de Cristo. A penitência cristã e as suas formas práticas são uma expressão muito significativa da união dos cristãos ao mistério da Cruz de Cristo. Tradicionalmente são três os meios que a Igreja oferece para este itinerário de conversão: o Jejum; a Partilha; a Oração.
O Jejum é a forma de penitência que consiste na privação de alimentos, quer na quantidade, quer na qualidade. Na disciplina tradicional da Igreja, a concretização do jejum faz-se limitando a alimentação diária a uma refeição, embora não se exclua a possibilidade de tomar alimentos ligeiros às horas das outras refeições. Para esta prática devem ter-se em conta a idade e a saúde. Ligada ao jejum está a abstinência que consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre e na renúncia ao luxo e ao esbanjamento.

A Partilha faz parte da natureza do próprio cristão. Pela partilha abrimo-nos às necessidades dos irmãos e encontramos neles o próprio Cristo: “o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes”(Mt 25, 40). Esta prática penitencial está directamente unida ao jejum e à abstinência, na medida em que somos convidados a partilhar o fruto das nossas renúncias, na alimentação e, sobretudo, naquilo que é supérfluo.

Pela prática da Oração mais intensa, abrimo-nos ao projecto de Deus e temos a oportunidade de sermos mais interpelados a seguir os seus caminhos, bem como a encontrar n’Ele os auxílios necessários para viver de acordo com essas mesmas interpelações. Também esta prática está unida às duas anteriores, na medida em que a oração nos ajuda a fazer as verdadeiras escolhas e a renunciar ao supérfluo, bem como proporciona uma maior abertura às necessidades dos outros

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