Amanhã, dia 11 de Fevereiro, é o Dia Mundial do Doente.
Não está fácil a vida para os doentes. Está doente a vida dos doentes. Numa sociedade entranhadamente marcado pelo individualismo e pelo materialismo, onde são ídolos o culto do "cabedal" e a forma física, o doente apresenta uma realidade que as pessoas de hoje exorcizam: o sofrimento.
No corre-corre da vida hodierna, as pessoas gostam de parar diante do lucro, do poder e do prazer. Sob este prisma, o doente não tem nada para dar. Então é esquecido, abandonado e alguém que trate dele...
Mesmo algumas instituições mais voltadas para a solidariedade - e que enchem a boca com esta palavra - na hora da verdade exigem tantas vezes o impossível para acolher um doente. Como pode um doente pobre, que vive da sua miserável pensão, pagar o dobro ou mais para ser acolhido numa instituição? E se esse doente pobre não tem filhos? Será que tem de recorrer à caridade alheia para não apodrecer na cama da sua miséria?
Não estou a falar de cor, não. Nem sequer me refiro a qualquer país africano. Situo-me no Portugal de 2008!!!
Não é por querermos esquecer o sofrimento que ele deixa de existir. Mais, ao querer deitar para trás das costas esta realidade, o homem actual, tão seguro de si e da sua liberdade, está a aliener-se.
Ninguém procura o sofrimento pelo sofrimento. Mas é preciso encará-lo de frente, assumindo a situação humana na sua totalidade. "Diz-me o que sofreste, dir-te-ei o que cresceste", diz um velho provérbio. No quarto de um doente há tantas vezes uma universidade viva por descobrir!
Não só amanhã, mas particularmente amanhã, visite um doente pela sua saúde! Será muito mais o que recebe do que aquilo que dá.
Uma boa semana. Muita saúde.
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