D. Amândio nunca foi meu professor, embora tivesse leccionado Teologia no Seminário Maior de Lamego no meu tempo.
Da homilia que proferiu na Missa da solene recepção, transcrevo algumas partes, pois as relevo de grande interesse também para todos nós.
Aos sacerdotes e leigos
“Não se deixem intimidar pelas ameaças do laicismo e do relativismo”, reagindo a uma cultura que quer calar Cristo e os valores irrenunciáveis do cristianismo, como o valor da vida, da dignidade humana e do bem comum.
Aos leigos
“Sonho com cristãos comprometidos a animar a vida pública e a transformar por dentro a sociedade como locomotivas que arrastam, que contagiam, que galvanizam, opondo-se ao marasmo, à cobardia, ao medo e à apostasia da fé”
comunidades cristãs e aos sacerdotes
“Mais catequese”, “menos sacramentos recebidos sem convicções” e “menos missas de afogadilho”.
“Devemos apostar em menos missas de afogadilho, umas atrás das outras, para cumprir um programa, e mais catequese, sem contudo desprezar a eucaristia que é o coração da Igreja, que é fonte e ápice da sua actividade”.
D. Amândio Tomás referia-se à necessidade de preparação dos sacramentos que merecem maior visibilidade social, nomeadamente o baptismo e o crisma e o matrimónio, e à grande sobrecarga que afecta os padres e outros ministros ordenados diante das solicitações dos muitos “serviços religiosos”. Para D. Amândio, é necessário “mudar de estratégia pastoral. Não podemos multiplicar missas e sacramentos”. Na homilia da missa, repetiu a necessidade de “mais catequese e de mais formação de pessoas e de consciências e de menos sacramentos recebidos com leviandade, a cumprir programas, sem convicções, recebidos por motivos fúteis”.
O Interior
Às preocupações eclesiais, D. Amândio acrescenta as sociais e económicas, nomeadamente as que motivam o constante despovoamento daquela região transmontana, que “é de todo o interior de Portugal”, como constatou em declarações à comunicação social. Diante da “hemorragia de gente que vai para o litoral”, o Bispo Coadjutor de Vila Real afirma a necessidade extrema de “fixar as populações, de criar as possibilidade para as pessoas não emigrarem”. Convicto de que as pessoas não vão para o litoral por “mero prazer”, D. Amândio Tomás afirma a necessidade de combater as razões económicas que levam os transmontanos a emigrarem, criando condições económicas que façam com que “as pessoas tenham possibilidades de viver aqui condignamente.
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