Cursos como Direito, História, Filosofia, Geografia ou Sociologia lideravam na lista dos desempregados, seguidos dos relacionadas com a educação e a formação de formadores.
Há cinco anos, o país contava com 26 mil licenciados no desemprego; no ano passado, o número subia para quase 60 mil. Sabendo que o Norte do país é a região com mais desemprego,compreende-se que seja, aí também, que se encontra o maior número de pessoas com habilitações superiores, mas sem um lugar no mercado laboral. Das 60 mil existentes em todo o país, um terço vive a norte.
É cada vez mais urgente:
- a necessidade de escolher um curso pensando nas hipóteses de encontrar emprego;
- que o Governo revele de forma clara a empregabilidade de cada curso superior;
- que os meninos deixem de fugir da Matemática só porque é difícil. São os cursos que exigem esta disciplina que têm mais saídas profissionais;
- incentivar por todos os meios a qualificação técnica dos cursos médios. São precisos electricistas, mecânicos, canalizadores, pedreiros, carpinteiros, cozinheiros, cabeleireiros, gente que saiba reparar novas tecnologias, etc, etc. Onde estão eles?
Depois, há que viver neste tempo sem as manias de outrora. A sociedade precisa de acabar com o preconceito do "doutor". Para muitas famílias ter um filho "doutor" é que era prestígio! Hoje pode ser o desemprego...
Já repararam certamente que muitos cursos intermédios ganham mais do que licenciados.
Conheço uma rapariga que soube estar no tempo, com os pés na terra. A sua aspiração sempre foi a advocacia. Mas sabia que esse curso seria provavelmente a corrida para o precipício do desemprego. Então enveredou por outro que lhe oferecia mais hipóteses de encontrar trabalho, o que realmente aconteceu. Agora, já empregada, voltou à universidade e está a tirar o curso que sempre desejou. Sem traumas e com calma. Tem emprego!!!
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