Os intocáveis, aqueles que são postos em pedestais e ornados de todas as qualidades, possíveis e imaginárias, esses só nas ditaduras. Em democracia, aceita-se a crítica. Mais, ela é necessária, quando bem fundamentada, para melhorar a vida da comunidade.
Criticam-se os titulares do poder legislativo, bem sabemos como não funciona a nossa Assembleia da República; criticam-se os titulares do poder executivo, bem sabemos como Presidente e Governo precisam de ser chamados à atenção; mas raramente se criticam os titulares do poder judicial. Como se estes fossem intocáveis, nunca errassem, quais iluminados num mundo de limitação.
Este semana ouvi numa rádio críticas pertinentes a decisões dos tribunais. Achei positivo. Parece que finalmente estão a acabar os intocáveis.
Para uma sociedade funcionar em democracia, é preciso que a justiça seja célere e justa, acatando os cidadãos as decisões judiciais.
Mas quem exerce o poder judicial são seres humanos, que, como tal, tantas vezes erram. Logo saber reconhecer os seus erros, responsabilizar-se por eles só dignifica os juízes. A crítica da sociedade pode e dever ajudar os magistrados a a melhorar. Só que é importante que eles saibam ouvir e tenham poder de encaixe.
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