Há um adágio popular que diz: “um bom vizinho aumenta o valor da casa”.
Pode um prédio ser belo e espaçoso, mas se tiver um mau vizinho – turbulento e antipático – o seu valor desce e a procura é menor.
Mas se ao lado vive uma família atenciosa, serviçal e simpática, o prédio mesmo pequeno e de má arquitectura vale uns pontos mais.
Não são raras as altercações entre vizinhos, com insultos, discussões, agressões físicas e até mortes.
Quantas vezes uma família sofre pela falta de educação de vizinhos barulhentos, ou que não respeitam as regras da limpeza , etc..
Acho com interesse este episódio que passo a narrar. Um homem honesto, ao fim de vinte e cinco anos de trabalho, conseguiu comprar um pequeno campo nos arredores da cidade. Pensava entreter-se ali os fins de semana com a mulher e os filhos.
Numa das primeiras vezes em que foi ao seu campo, viu parar um motorista que lhe perguntou: o senhor é que é o dono desta propriedade?
- Sou! Respondeu com alegria.
- Pois lamento dizer-lhe que você comprou com a sua propriedade uma questão judicial. O muro do seu terreno está dois metros dentro do meu . E esclareceu: dentro de dias tomarei providências para que o muro volte ao seu lugar.
Sem perder a calma e sem se irritar, o dono do campo respondeu: para mim, ter um bom vizinho é mais importante do que dois metros de terreno.
O motorista, surpreendido com a resposta, respondeu: para mim também um bom vizinho é mais importante que dois metros de terreno. E saiu do carro, abraçou calorosamente o dono do campo e acrescentou: o muro ficará no lugar onde está.
Quantas desavenças, quantas agressões verbais ou físicas podiam ser evitadas se houvesse um bom entendimento, uma boa negociação. Afinal a vida é uma arte de negociar...
Mário Salgueirinho
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