A Liga Operária Católica/Movimento Trabalhadores Cristãos sustenta que o Orçamento de Estado de 2008 não promove o apoio social, segundo declarações da coordenadora nacional da organização, divulgadas ontem pela agência Ecclesia.
Maria de Fátima Almeida considera que o Orçamento de Estado deve ser um instrumento «que tem como princípio fundamental o desenvolvimento económico baseado na equidade social, na solidariedade e na sustentabilidade».
Para a dirigente, o Governo devia preocupar-se com o desemprego, o trabalho precário, os salários e as pensões de reformas muito baixas, assim como o sistema de saúde deficitário.
«Não se preocupa em apoiar os mais carenciados, parece que caminhamos para uma sociedade menos equitativa socialmente», acrescentou.
Maria de Fátima Almeida destacou ainda a dificuldade de inúmeros trabalhadores em se adaptarem a novos conceitos de trabalho e à nova organização laboral e sustentou que devem ser apoiados através do subsídio de desemprego «pois dificilmente conseguirão ter um novo emprego».
Contudo, a Liga Operária Católica aprecia o programa Novas Oportunidades, lançado pelo Governo, embora não seja uma «solução para todas as situações».
A coordenadora nacional denuncia também que a actual situação social e o endividamento das famílias é «geradora do quadro de pobreza que o País atravessa» e que os cidadãos têm de se envolver «em organizações e desencadear iniciativas».
O Estado, por sua vez, «poderia dar maior atenção às estruturas já existentes».
In Sol
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