sábado, 17 de novembro de 2007

A gratidão é a memória do coração

Nesta Semana dos Seminários, deixo a minha gratidão a todos os sacerdotes que me ajudaram a caminhar humana, cristã e vocacionalmente.
Se com todos aprendi, alguns marcaram-me de forma indelével pela sabedoria, pela bondade, pelo acolhimento, pela forma como souberam estar em períodos mais conturbados.
Monsenhor Carlos Resende. Meu Reitor e professor. Ressoava bondade por todos os poros. A sua pessoa era um belo poema à bondade. Monsenhor certamente sorrirá no Céu ao recordar tantos momentos bonitos que o P.e Armindo e eu vivemos com ele. Qual avozito bondoso para com os netitos reguilas que o admiravam e estimavam profundamente. Obrigado, senhor Reitor.
Monsenhor Simão Botelho. Este portista confessso foi meu vice-reitor e professor. Com ele vivenciei que viver é servir. Num tempo em que a casa estava cheia, o cónego Simão estava de serviço 24 horas por dia para cada seminarista. Foi fundamental na minha caminhada vocacional. Muito obrigado.
P.e João Mendes. Durante mais de 50 anos, pároco da minha terra natal. Foi quem me mandou para o Seminário. A sua casa era a minha casa. Sempre me entusiasmou e confiou em mim. Obrigado, senhor abade.
Monsenhor Arnaldo Cardoso. Meu professor. Foi quem me inculcou um verdadeiro interesse pela Sagrada Escritura. Com ele muitos seminaristas se abriram pastoralmente ao mundo, através dos cursos bíblicos e de iniciativas com jovens. Obrigado.
D. Jacinto Botelho. O actual Bispo de Lamego foi meu professor, vice-reitor e vigário-geral. Nele vi sempre a pessoa de uma fé profunda e de uma humanidade extrema. Obrigado.
Cónegos Zé Cardoso e Duarte Júnior. Cada um à sua maneira, souberam oferecer-me ajuda oportuna em momentos menos tranquilos da minha caminhada. Obrigado.
D. António Francisco dos Santos. Sem me estar “a armar”, penso que fui dos sacerdotes que mais sentiu a sua saída da diocese. Com ele mantive longas conversas. Era um coração atento, que sabia escutar e perscrutar. Dele recebi sempre uma palavra clara, admoestadora, serena e orientadora. Muito obrigado.
Monsenhor José Guedes e P.e Adriano Monteiro. Personalidades muito diversas que me ensinaram imenso em campos diferentes. Sem o conseguir, tentei que eles fossem uma referência da minha vida sacerdotal. Obrigado.
Drs. Mário e Alfeu. Foram meus professores no Seminário de Resende. Actualmente fora do exercício sacerdotal, mas tal não invalida que lhes esteja grato pelo muito que me deram. O Dr. Alfeu, porque era uma pessoa próxima dos miúdos, jogava com eles, falava com eles e sempre me aceitou e respeitou na minha maneira de ser. O Dr. Mário, então vice-reitor, foi que me meteu na alma a ideia de ser portista, que nunca mais larguei.
Os sacerdotes deste arciprestado de Tarouca. Trabalhamos juntos há vários anos neste Vale Encantado. São formidáveis. Obrigado.
Cónego Joaquim Rebelo. Trabalhamos juntos na mesma escola durante alguns anos. Daí nasceu uma boa amizade. Com ele aprendi e por ele e seus bondosos pais sempre me senti bem acolhido em sua casa. Obrigado.
P.e Dr. Borges. Este sacerdote de Vila Real foi meu professor, director espiritual e, mais tarde, colega de escola. Num corpo de gigante uma alma gigantesca. Nele sabedoria e humanidade brilhavam a grande altura. Muito obrigado.
O meu condiscípulo Adriano Alberto. O arcipreste de Cinfães é daquelas pessoas de quem se é “obrigado a gostar”. É um amigo, um colega e um condiscípulo fantástico. Aquele abraço, Adriano!
Cónego Doutor João António Pinheiro. O actual Reitor do Seminário, que faz o favor de ser meu amigo, é um mestre. Na sabedoria, na profundidade, na simplicidade, no acolhimento. Na fé. Obrigado, amigão!
Não posso esquecer o meu antecessor nesta comunidade, P.e Duarte Santos. Por tudo o que fez e ensinou.
Monsenhor Afonso. O velho Reitor de Almacave era um homem à antiga. Frontal, convicto, terra-a-terra, amigo dos colegas, de um profundo amor à Igreja.
Monsenhor Bouça Pires. O amigo que tantas vezes em seminarista me recebeu em sua casa; o sacerdote de iniciativa, convicção e entusiasmo. Onde esteve deu sempre o “corpo ao manifesto” e soube movimentar. Obrigado.
Muitos e muitos mais me passam neste momento pelo filme da gratidão que vai rolando na minha alma. Guardo a sua memória e louvo ao Senhor por ter tido a dita de se entrecruzarem com a minha vida.

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